O saque do FGTS vem movimentando e muito as agências da Caixa Econômica Federal. Desde o começo de outubro, milhares de brasileiros estão comparecendo diariamente as unidades representativas para poder retirar o saque-imediato. Para suprir a demanda de pagamento do FGTS, o banco estendeu seu horário de atendimento, mas voltou atrás nessa quarta-feira.
Segundo Pedro Guimarães, presidente da Caixa, a decisão de abrir aos sábado se mostrou “matematicamente desnecessária”. Ele alega que a maioria dos saques são realizados por meio dos próprios caixas eletrônicos e que as entradas nas agências ocorrem poucas vezes, apenas quando o beneficiário esquece sua senha.
Leia também: Caixa altera calendário para recebimento do FGTS; confira as novas datas
De qualquer forma, segundo Guimarães, o serviço é realizado de forma rápida e prática, sem que trave as filhas ou extrapole o horário de funcionamento estipulado. Em sua fala, ainda ressaltou que a realização dos serviços aos sábados passou a ter um grande custo benefício, energia, pagamento de hora extra dos funcionários, entre outras cobranças operacionais, pesaram na folha de pagamento do Instituto.
Desse modo, a partir da decisão publicada, a Caixa volta ao seu horário de funcionamento normal, de segunda à sexta-feira.
MP de pagamento do FGTS
A autorização do saque do FGTS foi realizada por meio de uma medida provisória (MP) assinada pelo presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, só passará a virar uma lei a partir da aprovação do Congresso, que ainda está analisando a medida.
A proposta prevê a liberação do valor de R$ 500, equivalente ao chamado saque-imediato. Hugo Motta, deputado relator da proposta, ainda deseja alterar o valor para que ele passe a ser de até R$ 998.
Quanto a este aumento, o presidente da Caixa demonstrou tranqüilidade, afirmando que do Instituto está preparado para disparar os saques. “Estamos tranquilos, pois 82% dos trabalhadores com direito a saque têm conta na Caixa. Para quem não tem, é possível retirar nas lotéricas, ou ATMs (máquina de saques). Em caso de aprovação, temos até 31 de março para realizar os pagamentos”, declarou.
Quanto à medida de redução da taxa de administração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), de 1% para 0,5%, Pedro alegou que essa é uma prerrogativa do Congresso Nacional. “Estamos melhorando muito pela tecnologia a eficiência. Os custos que temos hoje são muito inferiores a 2017. Agora, a gente ainda não recebeu [a proposta], não houve discussão. Mas estamos muito tranquilos”, disse ele.