A morte de um jovem de 19 anos, conhecido como “Vaqueirinho”, causou comoção em João Pessoa neste domingo. Ele invadiu a área restrita de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara e acabou atacado pelo animal.
A prefeitura confirmou que a entrada foi ilegal e que a equipe de segurança tentou intervir, mas não houve tempo hábil para evitar o desfecho.
O que aconteceu dentro do zoológico?
Segundo a administração municipal, o jovem escalou uma parede com mais de seis metros de altura.
Em seguida, ultrapassou as grades de proteção e alcançou uma árvore que dava acesso direto ao recinto do animal. A ação ocorreu de forma repentina.
Seguranças tentaram afastar a leoa com estímulos sonoros. No entanto, o ataque aconteceu poucos instantes depois da invasão.
A perícia inicial indicou que o rapaz entrou de forma deliberada na área interditada e que não havia possibilidade real de resgate naquele momento.
A leoa será punida?
Não. A prefeitura informou que o animal não será sacrificado. De acordo com especialistas consultados pela gestão municipal, a leoa agiu por instinto ao identificar uma presença estranha dentro de seu território.
Ademais, o município destacou que não houve comportamento fora do padrão da espécie.
Por esse motivo, a avaliação técnica concluiu que não há justificativa para qualquer medida contra o animal.
O que dizem as investigações?
A Polícia Civil apura as circunstâncias da morte e trabalha com três frentes principais:
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Confirmação da invasão voluntária
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Avaliação das barreiras de segurança
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Análise da resposta da equipe de emergência
Até agora, não foram apontadas falhas estruturais no parque. As grades, muros e sinalizações, entretanto, estavam intactos.
Como resultado, a hipótese de negligência administrativa perdeu força nas apurações iniciais.
Histórico do jovem chamou atenção
Segundo a polícia, o jovem possuía mais de dez registros de ocorrências. Além disso, ele havia sido detido duas vezes na semana anterior ao ataque, com intervalo de menos de uma hora entre as abordagens.
Diante desse histórico, autoridades confirmaram que ele chegou a ser encaminhado para atendimento psicológico. Essa informação reforçou a suspeita de que a ação não foi acidental.
Como reagiram as redes sociais?
A repercussão foi imediata. Afinal, vídeos do momento passaram a circular nas redes, gerando forte debate.
Enquanto parte dos internautas lamentou a morte, muitos afirmaram que a leoa apenas reagiu para se defender.
Inclusive, cresceram os pedidos para que o animal não fosse responsabilizado. O discurso predominante foi de que a falha foi humana, não animal.
O parque foi fechado?
Por segurança, o Parque Zoobotânico Arruda Câmara foi fechado temporariamente. A medida permitiu a retirada do corpo, a realização de perícia e a revisão dos protocolos.
A prefeitura lamentou o ocorrido e afirmou que colaborará com todas as investigações.
