A greve de ônibus deixou milhões de passageiros sem transporte em São Paulo nos últimos dias e levantou uma dúvida comum: o que a lei garante a quem é prejudicado por uma paralisação?
Além disso, muitos trabalhadores não sabiam se poderiam ser descontados, advertidos ou até demitidos por chegarem atrasados.
O episódio ocorrido em dezembro de 2025 ajuda a esclarecer, na prática, quais são os direitos do passageiro e como agir nessas situações.
Quais são os direitos dos passageiros durante uma greve?
Quando o transporte público é interrompido por greve, o passageiro não perde seus direitos como trabalhador nem como consumidor.
A paralisação é considerada força maior, já que foge do controle do usuário.
Por isso, o empregador não pode aplicar punições automáticas se o funcionário comprovar que não havia ônibus circulando.
Direitos garantidos aos passageiros:
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O trabalhador não pode ser advertido sem análise do caso.
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Descontos não são automáticos.
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A empresa deve avaliar a justificativa individualmente.
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A escola não pode exigir presença quando não há transporte viável.
No caso registrado em São Paulo, a prefeitura chegou a registrar boletim de ocorrência contra empresas por paralisação sem aviso. Isso, entretanto, reforça que o passageiro não pode ser penalizado por falhas do sistema.
Greve em São Paulo: o que aconteceu
Em 9 de dezembro de 2025, motoristas e cobradores cruzaram os braços devido ao atraso no pagamento do 13º salário.
A paralisação começou no fim da tarde e atingiu milhares de linhas, deixando cerca de 3 milhões de pessoas sem transporte.
Após reunião com o prefeito Ricardo Nunes, empresas se comprometeram a pagar o benefício até o dia 12. O sistema foi retomado na manhã seguinte.
O passageiro tem direito a reembolso?
Não existe indenização automática em caso de greve.
Porém, se houver prejuízo comprovado, como perda financeira ou gasto excessivo com transporte alternativo, o passageiro pode buscar reparação.
Guardar recibos e registros é essencial.
Quais alternativas usar durante a greve?
Durante paralisações, algumas opções ganham força:

Principais alternativas:
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Aplicativos de transporte (preços mais altos).
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Mototáxi e caronas.
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Bicicletas e caminhada para trajetos curtos.
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Home office emergencial.
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Ajuste de horários fora do pico.
Mesmo assim, muitas dessas alternativas ficam sobrecarregadas, o que reforça a importância de documentação para justificar atrasos.
A greve em São Paulo deixou claro que o maior prejudicado costuma ser o passageiro.
Porém, a lei oferece proteção quando há comprovação do problema.
Guardar provas, falar com a empresa e acompanhar os comunicados oficiais fazem toda a diferença para evitar prejuízos maiores.





