O Banco Central do Brasil (BCB) intensificou os alertas para 2026 diante da evolução dos golpes digitais envolvendo o Pix. Após perdas bilionárias registradas em 2024 e 2025, a estratégia mudou.
Agora, além de proteger o sistema, o foco está no comportamento do usuário e na rastreabilidade do dinheiro. Novas regras e ferramentas passam a valer já no início do ano.
O que é o MED 2.0 e por que ele muda tudo
A principal novidade é o MED 2.0 (Mecanismo Especial de Devolução), que se torna obrigatório a partir de 2 de fevereiro de 2026.
Até então, o bloqueio só funcionava se o dinheiro ainda estivesse na primeira conta do golpista. Porém, isso mudou.
Como funciona o novo sistema
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Rastreamento em cadeia: o Banco Central poderá seguir a trilha do dinheiro, mesmo após várias transferências.
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Bloqueio simultâneo: valores podem ser congelados em múltiplas contas usadas no golpe.
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Mais chance de recuperação: a expectativa é elevar significativamente a devolução ao consumidor.
Com isso, a prática conhecida como smurfing perde eficiência.
Principais golpes com Pix mapeados para 2026
Embora o sistema do Pix continue seguro, os criminosos estão explorando falhas humanas, principalmente por engenharia social.
Os riscos mais comuns incluem:
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Golpes com IA e deepfakes, simulando vozes ou vídeos de familiares pedindo dinheiro.
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Fake news sobre taxação do Pix, alegando cobrança de 27,5% em 2026.
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Abuso do Pix por aproximação, com cobranças indevidas em locais lotados.
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Uso de contas laranjas profissionais, facilitadas por falhas de fiscalização.
Por isso, atenção redobrada será essencial.
Como se proteger de golpes com Pix em 2026
O Banco Central recomenda quatro pilares de segurança.
1. Limite para dispositivos novos
Transações em aparelhos não cadastrados seguem limitadas a R$ 200 por operação e R$ 1.000 por dia.
➡️ Dica: nunca use seu banco em celular ou computador de terceiros.
2. Monitoramento de chaves com o BC Protege+
O BC Protege+, lançado em dezembro de 2025, permite acompanhar e bloquear chaves Pix vinculadas ao seu CPF.
➡️ Dica: consulte o Registrato periodicamente.
3. Cuidado com o Pix Automático
O Pix Automático facilita pagamentos recorrentes, mas pode esconder autorizações indevidas.
➡️ Dica: revise sempre a lista de débitos autorizados no app do banco.
4. Confirmação de identidade
Mesmo com áudios ou vídeos, confirme pedidos suspeitos por ligação tradicional.
➡️ Dica: faça perguntas pessoais que um golpista não saberia responder.
O que fazer se cair em um golpe
| Passo | Ação imediata | Prazo |
|---|---|---|
| 1 | Acionar o MED no app do banco | Até 80 dias |
| 2 | Registrar boletim de ocorrência | Imediato |
| 3 | Reclamar no Banco Central | Após resposta do banco |
Atenção: o Banco Central não envia links por SMS ou WhatsApp. Qualquer mensagem desse tipo é golpe.
Em 2026, a segurança do Pix dependerá cada vez mais da atenção do usuário.
Com novas ferramentas como o MED 2.0, o sistema ficou mais robusto. Ainda assim, informação e cautela seguem sendo a melhor defesa.





