Mesmo após as novas regras do crédito especial entrarem em vigor na segunda-feira (6), os juros continuam altos no mercado. Mas a dívida do cheque especial pode ser negociada com tarifas menores e mais flexíveis.
O Banco Central (BC) estabeleceu um limite de 8% nos juros cobrados pelos bancos que oferecem o cheque, antes os juros eram de em média 12,4% ao mês.
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A modalidade que é considerada uma das opções de crédito mais caras do país e a mais utilizada pelas famílias de baixa renda. Atualmente está presente na vida de cerca de 90 milhões de brasileiros. No entanto, a dívida do cheque chegam a somar cerca de R$26,5 bilhões.
Os brasileiros que estão com problema com esta questão pendente podem realizar a portabilidade da dívida, que é transferir a dívida para outro banco. Isso pode ajudar o cliente a pagar menos juros.
No mês de outubro, 1,1 milhão de consumidores realizaram a transferência de dívida de um banco para outro. De acordo com o Banco Central, isso movimentou R$ 4,7 bilhões.
Conforme uma entrevista concedida ao UOL a educadora financeira da DSOP Educação Financeira, Ana Rosa Vilches, comentou que a portabilidade do cheque especial merece atenção.
“O cheque especial é um problema. A pessoa usa achando que ele é um complemento da renda, mas como os juros são muito altos, a dívida vai crescendo. Para pagar as contas, ela acaba entrando em outras dívidas, como cartão de crédito e crédito pessoal”, disse.
Segundo a educadora, a primeira coisa que o consumidor deve fazer é negociar com o banco para realizar a troca da modalidade de crédito para pessoal, no qual os juros são menores e atingem cerca de 5,9% ao mês.
Caso você tenha usado 15% do limite do cheque por 30 dias seguidos, o banco deve oferecer a opção de transformar a dívida em cheque especial parcelado.
Nesta categoria, o uso do especial é congelado e os juros são menores, cerca de 3,2% ao mês. Pesquise outros bancos, pois as taxas variam de uma instituição para outra. Veja:
- Santander: 14,75%
- Itaú Unibanco: 12,44%
- Bradesco: 12,42%
- Banco do Brasil: 12,04%
- Caixa: 9,37%.
O cliente deve observar o valor da dívida no cheque especial, já que não adianta os juros ser baixo e o valor devido ser muito alto.
Essa transferência, é feita diretamente pelos bancos, com as informações relativas a inadimplência.