Nesta segunda, 12, começou a vigorar o aumento do período de carência para os empréstimos obtidos através do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas). Veja detalhes.
Segundo a Caixa Econômica, a carência pode aumentar em até três meses, indo de 8 para 11 meses no total. Porém, isto não muda o prazo total do contrato, explica a Caixa.
Como pedir a ampliação da carência do Pronampe
A solicitação pode ser realizada através do Internet Banking da Caixa
- Vá ao espaço destinado aos contratos no Menu
- Selecione a opção Solicitar Prorrogação de Pausa Pronampe
Pronampe
O Pronampe foi criado em maio de 2020 pelo governo federal como forma de ajudar financeiramente os pequenos negócios. Além disso, o programa tinha a intenção de manter os postos de trabalho em meio a pandemia do coronavírus.
As empresas que aderiam ao Pronampe precisam garantir a preservação do número de funcionários e os recursos podiam ser usados para financiar a atividade empresarial, como investimentos e capital de giro para despesas operacionais.
Inicialmente, o programa possuía um prazo de 8 meses de carência e os empréstimos começariam a ser pagos no mês de março. Mas, com a prorrogação, as primeiras parcelas passam a vencer em junho.
Considerando as três fases do programa no ano passado, foram emprestados R$ 37,5 bilhões a 517 mil empresários.
Empresários se decepcionam com condições
As condições decepcionaram os clientes que já contataram o banco para solicitar o adiamento da primeira parcela.
A dona de restaurante, Emi Otani, emprestou R$ 100 mil pelo Pronampe no Bradesco, e pagaria a primeira parcela em abril. Ela conta ao portal UOL que foi pega de surpresa com as condições do benefício: com o aumento do prazo, o valor das parcelas subiu 11%.
“A gente não sabe direito até quando vão essas restrições [da pandemia]. Pode ser que em três meses as coisas melhorem, mas e se não for assim?”, disse.
Pontos positivos do aumento de prazo de carência
Melissa Penteado, Ceo do grupo proScore, avalia que o aumento do período de carência é uma boa oportunidade para que as empresas preservem sua reputação financeira e o seu poder de negociação em meio a crise econômica.
“Se a empresa está com a sua capacidade produtiva afetada, não consegue ter a garantia de que, em três meses, vai ter faturamento suficiente para pagar a parcela [com valor maior]. Por outro lado, são três meses para impulsionar o negócio. É um tempo de manobra que pode ser muito interessante”, disse.