Nova margem de consignado do INSS incluí militares e servidores públicos

Governo aprova projeto de lei para incluir militares no empréstimo consignado. Nessa quarta-feira (10), o Senado validou a medida provisória que amplia o teto de solicitação da linha de crédito para servidores públicos e segurados do INSS. O texto, entre outras questões, sugere a ingressão do exercito para gozar os benefícios do programa.

Nova margem de consignado do INSS incluí militares e servidores públicos (Imagem: Google)
Nova margem de consignado do INSS incluí militares e servidores públicos (Imagem: Google)

Há meses o governo debate a possibilidade de reajustar o limite orçamentário para que solicita o empréstimo consignado. A proposta aumentou de 35% para 40% o comprometimento de renda de quem desejar ter acesso a linha de crédito que desconta os valores diretamente do salário.

Inclusão dos militares

Além de aumentar o valor do empréstimo, a medida permitiu ainda que os militares e demais servidores públicos passassem a ter acesso a linha de crédito.

A proposta deverá ser válida até 31 de dezembro deste ano, com uma margem de 40% da fonte de renda, sendo 5% destinado para a modalidade de cartão de crédito.

De acordo com o relator da proposta, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) a medida permitirá com que esse grupo deixe de recorrer a outros serviços de empréstimos com taxas de juros mais altas.

— Se o aposentado ou o pensionista não tiver como buscar o consignado, recorrerá à rede bancária e se endividar ainda mais. Não é o ideal, mas é o que se pode fazer.

Novo modelo gera riscos de endividamento

Presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins considerou a proposta como positiva, mas reforçou a necessidade de uma educação financeira para evitar que o serviço não gere um descontrole nas contas.

— A maioria pega empréstimo para comprar remédios e comida, porque não dá para sobreviver com o que ganha. É por isso que pedimos cuidado, senão depois o aposentado acabará tendo a aposentadoria muito reduzida com o pagamento das parcelas.

Para o economista da Órama e professor de Finanças do Ibmec/RJ, Alexandre Espírito Santo, o projeto é de fato positivo, porém ele não recomenda a utilização total do limite orçamentário.

— O ideal é que a pessoa não comprometa mais do que 25% ou 30% da renda com dívidas. É claro que estamos vivendo um momento atípico e grave. Muitos estão desempregados, e as famílias estão enfrentando dificuldades financeiras. Mas devemos cortar supérfluos e evitar gastos desnecessários — pondera.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.