Em todos os estados brasileiros, inclusive no Distrito Federal, o salário das mulheres é menor que dos homens. De todas as localizadas analisadas a pior situação é no Mato Grosso do Sul, pois a média salarial das mulheres é de apenas 65, 4% comparado com o salário dos homens.
Diferença salarial por estados
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que mesmo as mulheres estudando mais o seu salário é abaixo do dos homens. Em algumas regiões do Brasil a desigualdade salarial acaba sendo maior do que em outros lugares.
A maior diferença registrada foi no estado do Mato Grosso do Sul, onde as mulheres recebem 30% a menos do que os homens. Em segundo lugar ficou o Paraná e o Rio Grande do sul, com uma diferença de 28%, em seguida vem o estado de Santa Catarina com 26% a menos.
Na região do nordeste brasileiro o estado vencedor da desigualdade salarial é a Bahia, onde as mulheres recebem 21% a menos do que os homens. No Rio Grande do Norte essa diferença é de 15%.
Já na região sudeste, Minas Gerais tem uma diferença de 28% a menos dos homens e o Espírito Santo com -27%. Em Rondônia, localizada na região Norte, a diferença salarial é de – 20%.
O estado brasileiro com a menor diferença salarial é o Amazonas, com um registro de apenas 5% a menos.
Média salarial de homens e mulheres
Confira abaixo a diferença de salário entre homens e mulheres, nas dez carreiras que mais geram oportunidades de emprego:
- Analista de negócios: homens ganham R$ 5.334 e mulheres, R$ 4.303;
- Analista de desenvolvimento de sistemas: homens ganham R$ 5.779 e mulheres, R$ 5.166;
- Analista de pesquisa de mercado: homens ganham R$ 4.191 e mulheres, R$ 3.624;
- Biomedicina: homens ganham R$ 2.761 e mulheres, R$ 2.505;
- Enfermagem: homens ganham R$ 3.417 e mulheres, R$ 3.288;
- Preparador físico: homens ganham R$ 1.426 e mulheres, R$ 1.326;
- Nutricionista: homens ganham R$ 2.781 e mulheres, R$ 2.714;
- Farmacêutico: homens ganham R$ 3.209 e mulheres, R$ 3.221;
- Fisioterapeuta geral: homens ganham R$ 2.400 e mulheres, R$ 2.422;
- Avaliador físico: homens ganham R$ 2.107 e mulheres, R$ 2.303;
De acordo com o pesquisador da área de Economia Aplicada do Instituto FGV, Daniel Duque, essa diferença não faz sentido, pois, “As mulheres estudam mais, fazem mais pós-graduação, mais mestrado, mais doutorado, não faz o menor sentido ter essa discrepância. Ela é injustiça”.