Após cortes orçamentários e medidas de reajuste no funcionamento da aposentadoria, diversas agências do INSS poderão ser fechadas em 2020. A ação, segundo o presidente do Instituo Nacional do Seguro Social, Renato Viera, visa por fim as unidades consideradas ineficientes.
Segundo Renato, o plano é criar um novo modo de atendimento que terá como objetivo desobstruir as filas presenciais e resolver questões de atrasos na solicitação do benefício. Utilizando, principalmente, meios digitais para tal serviço. Resultando em possíveis desligamentos das agências do INSS.
Leia também: O que fazer se cair no pente fino do INSS? Soluções para regularizar seu salário
O objetivo é a atualização da Prova de Vida, o procedimento se baseia em serviços realizados por meio da biometria e reconhecimento facial e deverá ser aplicado ainda no primeiro semestre de 2020.
Para melhorar a qualidade do serviço e diminuir o número de queixas, o presidente do instituto explicou que estará focando no atendimento digital por meio da atualização do sistema.
Ele defende que o atendimento massivamente presencial, a necessidade de agendamentos e os processos físicos são os principais responsáveis pelos atrasos e ineficiência para com os assegurados.
Atualmente, o tempo médio para a aprovação de um benefício é de 59 dias, ultrapassando o prazo de 45 dias estipulado pela lei. Quando não se cumpre o calendário, o INSS precisa pagar correção pela inflação, já que a análise é considerada em atraso.
Nas filas, cerca estão 2 milhões de benefícios esperando pela aprovação há mais de 45 dias. Em agosto, segundo o boletim de estatístico de setembro, 1,1 milhão de requerimentos foram apresentados e 879 mil seguiam sem respostas.
Corte de agências do INSS
Visando reduzir a folha de pagamentos, em janeiro o governo federal deu inicio a ação pente-fino. Tratou-se de um projeto que desejava cortar os beneficiários cadastrados no INSS com informações erradas ou falsificadas. Segundo os representantes, ao exclui-los do programa esperava-se uma economia anual de R$ 9,8 bilhões.
Apesar do incentivo inicial, a medida, de responsabilidade da Secretaria Especial de Previdência e Trabalhou, parou de ser realizada especificamente nos auxílios-doença e aposentadorias por invalidez, impedindo os reajustes financeiros do instituto.
No seu quadro de funcionários em 2019, o INSS tinha cerca de 6 mil técnicos e analistas do serviço social. O número vem se mantendo desde 2015 e não tem previsão de acréscimo devido ao impedimento de um novo concurso público.