Milhares de brasileiros têm seus dados expostos na web. Nessa semana, foi descoberto que mais de 220 milhões de CPF’s foram publicamente disponibilizados mediante um vazamento do Serasa. O órgão responsável por acompanhar o índice de inadimplência da população, apresentou uma falha em seu sistema.
Nas últimas 24h muito tem se falado sobre o vazamento de dados registrado no sistema do Serasa. Milhares de brasileiros tiveram suas informações disponibilizadas na internet sem que houvesse um pedido de autorização.
Diante do caso, descobriu-se que não só no portal de dívidas, como em outras empresas, as informações individuais foram concedidas.
CPF cai na web via Serasa
Uma apuração breve pode revelar que entre os dados publicados estão os números do CPF, salário, escore de crédito, cheques sem fundos, números de telefones e mais. Todos os informes vêm sendo compartilhados publicamente e utilizados por quadrilhas para a realização de fraudes.
Há ainda informações também sobre cerca de 104 milhões de veículos, como os números das placas e até mesmo o tipo de combustível utilizado. Nesse caso, a liberação indevida foi feita por meio da PSafe, sendo até o momento uma das empresas que identificou o vazamento.
Se estou na lista, quais os riscos?
Especialistas em sistema de dados explicam que o principal risco do vazamento é este podem ser utilizados de má fé para serviços financeiros, compras, etc. A previsão é que diante do ocorrido o número de golpes cresça consideravelmente ao longo das próximas semanas.
“Tem milhões de coisas que se pode fazer. De cometer crimes no seu nome até invadir a vida privada”, diz Andrea Willemin, advogada com experiência em proteção de dados.
Uma das soluções nesse momento inicial é passar a acompanhar diariamente os extratos bancários e faturas do cartão de crédito. Qualquer compra indevida deverá ser sinalizada e o titular precisa comprovar que não cedeu a autorização para tais transições.
Além disso, a advogada emite um alerta para que as pessoas parem de compartilhar os números de seus CPF’s nas redes sociais para a solicitação de serviços como o PIX.
Ela explica que o documento pode ser usado de forma indevida, resultando em dores de cabeça para seu titular.