Governo propõe antecipação de pagamentos pelo INSS. Na última semana, fontes da equipe econômica informaram que o presidente Jair Bolsonaro está trabalhando para liberar o 13º salário dos aposentados e pensionistas ainda nesse primeiro semestre. A iniciativa visa movimentar o PIB nacional, mas poderá resultar na criação de um 14º abono.
A antecipação do 13º salário do INSS tem sido pauta desde o ano passado, quando o governo adiantou o benefício dos segurados.
A previsão é que tal decisão fosse mantida apenas naquele período, mas deverá ser prorrogada em 2021 devido a permanência do covid-19.
INSS deverá efetuar os pagamentos nos próximos meses
Segundo fontes internas, o ministro da economia está avaliando a possibilidade de antecipar o 13º salário entre os meses de fevereiro e março. A iniciativa, de acordo com ele, resultaria numa forte injeção econômica no país, garantindo o poder de compra e venda deste grupo.
Com a proposta aceita, significa dizer que o governo deverá garantir uma movimentação no PIB, ao longo deste primeiro semestre, sem precisar estender sua folha de pagamento.
Ou seja, a economia estaria “salva” de modo que não gere novas despesas federais, já que tais benefícios estão inclusos na LDO de 2021.
Segundo o assessor presidencial, “como houve um recrudescimento da doença, em vez de ficarmos esperando, vamos agir e seguir o mesmo protocolo do ano passado, quando antecipamos o 13º dos aposentados e o abono salarial. Vamos fazer o mesmo agora, já está decidido, provavelmente em fevereiro e março”.
Abono extra pelo INSS pode ser concedido
Outra possibilidade é de criar um 14º salário. A proposta já tinha sido sugerida em 2020, mas recusada por Bolsonaro sob a justificativa de que não haveria orçamento disponível. No entanto, para este ano o gestor deve lançar o benefício como estratégia de campanha.
O informe de antecipação do 13º para garantir o desenvolvimento econômico do país vem sendo fortemente criticado por analistas e pela oposição política. Desse modo, ao informar que irá criar o 14º salário, Bolsonaro estaria quebrando os argumentos de que deixaria os segurados descobertos novamente no fim do ano.
Para essa proposta ainda não há previsão de validação. O benefício deve ser analisado no Congresso e no Senado e somente depois se consolidar.