Brasileiros devem ficar atentos as contribuições do Imposto de Renda 2020. Nessa semana, em entrevista no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou sobre o teto de cobrança do tributo. Segundo ele, a expectativa é que no próximo ano estejam isentos aqueles que recebam até R$ 3.000 mensais.
Ao longo de sua fala, Bolsonaro explicou que a medida ainda está sendo analisada pela Receita Federal e deve ser decidida em breve. Ele explicou que o planejado é aplicar o reajuste a partir de janeiro, aliviando as despesas da RF na prestação de conta do imposto.
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O valor atual da cobrança é de R$ 1.903,99, exigido para os contribuintes de 2019. Nesse caso, a quantia determina quem precisará fazer a declaração do IR ou não. Os brasileiros com renda máxima até o valor acima não precisam, já quem contar com salários maiores têm que obrigatoriamente declarar suas despesas. Se for aprovado de fato, o reajuste será de 57,6%.
“O Tostes [José Tostes, secretário Especial da Receita Federal], que faz as projeções. Quem paga Imposto de Renda nessa faixa, quando chegar em março e abril do ano que vem, ele tem nota fiscal, ele recupera tudo de volta. Se a gente pode evitar essa mão de obra enorme para a Receita (…) para fazer essa declaração do Imposto de Renda, passa o limite para R$ 3.000”, disse Bolsonaro.
No mesmo pronunciamento, o presidente disse acreditar que a faixa ideal para isenção seria sobre os salários de até R$5.000. Mas, tem ciência de que uma mudança mais drástica poderia ser prejudicial aos cofres.
Até então, o previsto era um acréscimo para R$ 2000, porém o presidente alega que o aumento de R$ 1 mil poderá desafogar os cofres públicos na hora de prestar conta das restituições. Segundo ele, o processo burocrático gera ainda mais despesas do que o valor cobrado aos contribuintes.
Durante o período eleitoral, Bolsonaro prometeu aos eleitores que aqueles com salários de R$ 4.000 não precisariam declarar o IR. Entretanto, a proposta não foi sustentada ao longo de seu governo, mas ele reforçou que se dependesse apenas de sua vontade a mudança seria para até R$ 5.000.
Questionado sobre o porquê de não elevar o piso a essa quantia, ele explicou que causaria um desfalque grande na Receita Federal e poderia prejudicar a economia nacional. Segundo ele, é preciso ir reajustando pouco a pouco, de modo que haja impactos gradativos no cenário econômico.