Após a aprovação da revisão da vida toda, os aposentados e pensionistas poderão receber o dobro de seus salários. A medida foi aprovada no último dia 11 e determina um reajuste salarial, com um novo cálculo do INSS, para os trabalhadores em atuação desde 1994 que recebiam sobre o teto da previdência.
Segundo os especialistas, com a aprovação do projeto, até 2 mil pessoas poderão receber até seis vezes mais do que a quantia liberada nos dias de hoje.
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Isso porque o cálculo levará em consideração todos os salários durante o tempo de serviço, inclusive aqueles antes da aplicação do plano real, feito em julho de 1994.
Como solicitar o novo cálculo do INSS
Para ter acesso ao acréscimo é preciso entrar em contato com o INSS solicitando uma revisão de pagamento.
Entretanto, os economistas indicam aos aposentados que antes disso façam seus cálculos com algum contador de modo que estejam seguros de que o pedido será realmente benéfico.
Se for aprovado, o valor começará a ser pago no mês seguinte e o beneficiário também receberá os atrasos equivalentes aos últimos 5 anos.
É importante lembrar que o prazo para dar entrada no processo é de até 10 anos após a aposentadoria. Isso significa que, quem se aposentou de 2008 para trás não pode mais ter o salário revisado. E os aposentados em 2009 têm até o fim deste mês para solicitação.
Novos valores
Até novembro desse ano, com a aprovação da reforma da previdência, o INSS calculava a média salarial com base nos 80% maiores salários do trabalhador a partir de julho de 1994.
Porém, com a revisão da vida toda, novo cálculo do INSS, quem se enquadrar na modalidade terá seu salário baseado no teto da aposentadoria. Ou seja, quem recebe atualmente R$ 998, vai ter um aumento de 485% e passará a contar com um salário de R$ 5.839,45.
“É uma situação em que a pessoa teve uma diferença em mais de R$ 4 mil. Mas é uma ação que tem peculiaridade. Varia para cada segurado. Tem trabalhador que vai ter uma variação de 200% do benefício, 300%, 400%; como têm pessoas que o cálculo pode piorar o valor do benefício”, explicou Roberto Carvalho, presidente do Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev).