Estudantes considerados de baixa renda terão direito a acesso à internet gratuita para estudantes e tabletes, segundo o texto a Câmara. A proposta segue para votação no Senado Federal. Entenda agora.
Na semana passada, o texto, de autoria da deputada Tabata Amaral, que destina R$ 3,5 bilhões para serem investidos pelos estados e municípios com educação foi aprovado na Câmara Federal.
A ideia é ofertas acesso à internet e tabletes àqueles estudantes que não possuem esses recursos para acompanhar o ensino remoto, que está sendo usado em todo o país.
“Passados mais de oito meses desde o fechamento das escolas, parte dos estudantes continua sem ter acesso às atividades escolares oferecidas de modo remoto pelos sistemas de ensino, ou não consegue desenvolvê-las a contento, em razão de não disporem, em seus domicílios, de internet de banda larga, requisito mínimo do acesso com qualidade para fins educacionais, ou de equipamentos para se conectarem à rede”, pontuou a deputada.
O projeto
Segundo o texto, os estudantes e professores da rede pública de ensino terão acesso a 20 gigabytes de internet.
Além disso, cada professor terá um tablete, mas para isso ele precisará estar inscrito no CadÚnico também.
Essas medidas devem atender a todos os estudantes e professores, que se enquadrarem nos termos, da rede pública, até mesmo os indígenas e quilombolas.
Estudantes sem acesso à internet
A pandemia trouxe uma realidade no Brasil, muitos brasileiros não possuem acesso à internet.
Isso não seria algo preocupante se a conexão não fosse algo tão importante, principalmente em tempos onde o ensino remoto foi amplamente adotado no país.
De acordo com dados da pesquisa TIC Educação de 2019, divulgado no meio de 2020. Dos estudantes da rede pública de ensino 40% não possuem tabletes ou computadores em casa; na rede particular, esse número é de apenas 9%.
Já em 2020, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid19), apontou para outro dado muito importante:
29,3% dos estudantes do norte não conseguiam acessar as atividades remotas até outubro, no Sul esse percentual era de 5,1%, no Centro-Oeste 7,4% e Sudeste 9,2%. Ou seja, a desigualdade entre as regiões brasileiras tem afetado até o ensino remoto.
Esses dados apontam para a necessidade de medidas como essa proposta agora pela deputada Tabata Amaral.
Se aprovada na Câmara dos Deputados, o pagamento deve ser feito em parcela única até 8 de fevereiro de 2021.
Respeitando o número de professores e estudantes contemplados em cada local.
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