Nesta quinta-feira (17), o Banco Central (BC) divulgou nova estimativa para a inflação e o PIB nacional para 2020. Para a inflação a projeção é de aumento de 4,3%. Já para o PIB, a instituição espera uma redução de 4,4%. Os dados foram divulgados pelo Relatório Trimestral de inflação do quarto trimestre de 2020. Confira os números.
Com relação à perspectiva de inflação para 2020, o Banco Central estimou um crescimento, na comparação com a previsão de setembro. A projeção atual é de 4,3%, sendo que, anteriormente, era de 2,1%.
No caso do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, a redução projetada foi menor, na comparação entre os dois períodos. O resultado desta quinta foi de queda de 4,4%. Em setembro, a estimativa era de recuo de 5%.
O Banco Central destacou que a recuperação da economia mundial depende da evolução da covid-19. Com os resultados promissores dos testes da vacina, poderá trazer melhora da confiança, além da normalização da atividade no médio prazo.
“Internamente, indicadores divulgados desde o Relatório de Inflação de setembro de 2020 evidenciam recuperação, ainda desigual, da atividade econômica”, afirma. O destaque do Banco Central foi para o consumo de bens. Por outro lado, diversos segmentos do setor de serviços se mantêm pressionados.
“A incerteza sobre o ritmo da economia segue acima do usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”, revela.
Projeção da inflação e PIB para 2021
Para a inflação, que é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Banco Central projeta que o valor esteja em 3,4% em 2021. Este é o mesmo número esperado para 2022. No relatório de setembro, a projeção para 2021 era de 2,9% e, para 2022, era de 3,3%.
A autarquia indicou que espera que a economia brasileira suba para 3,8%. Anteriormente, o relatório do Banco Central tinha a expectativa de alta de 3,9% para o PIB.
Esse resultado, no entanto, estaria condicionado à diminuição da crise sanitária, à manutenção do regime fiscal, ao cenário de continuidade das reformas e ajustes da economia nacional.