O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), já realizou o pagamento de R$12.740.858 para os servidores temporários em uma tentativa de diminuir a fila de segurados que ainda aguardam análise dos requerimentos. Mas, isso não deu muito certo.
Esse montante foi pago, entre os meses de junho a outubro deste ano, para cerca de 2.596 temporários, 1.652 deles são servidores aposentados do instituto e 944 militares, que estão inativos das Forças Armadas. Mensalmente, esses contratos equivalem a R$2.5478.171.
A ação faz parte da força tarefa que foi criada pelo governo federal, desde o mês de janeiro deste ano, para acelerar o processo de análise dos benefícios do INSS.
Atualmente, o órgão acumula mais de 1,8 milhão de requerimentos de benefícios na fila de espera.
Do total, cerca de 74,6 mil pedidos estão aguardando o cumprimento de exigência, que depende do segurado para que o órgão conclua a análise.
De acordo com o presidente do Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev), Roberto Carvalho disse que:
“Não houve aproveitamento adequado desses quadros, sobretudo por causa da pandemia do novo coronavírus.Houve grande desperdício de verba pública com esses servidores temporários. O dinheiro foi gasto sem que houvesse, em contrapartida, resultado eficaz, como prevê a Constituição”, disse.
Por conta disso, o INSS antecipou que vai fazer mutirões com foco no despacho de benefícios, na qualificação dos requerimento para que assim sejam reduzidos os números de pedidos de exigência, na desburocratização e na simplificação de processos.
Força tarefa do INSS
No inicio do ano, o governo anunciou que iria contratar temporariamente cerca de 7,4 mil servidores aposentados e militares inativos, mas nem todos os cargos foram ocupados.
O edital ficou aberto entre 4 e 10 de maio e os servidores começaram a trabalhar em junho deste ano.
O contrato vai durar até 31 de dezembro de 2021, podendo ser prorrogado uma única vez, até atingir dois anos.
Os servidores aposentados foram contratados temporariamente para ajudar em algumas funções de forma específica como análise e conclusão dos requerimentos dos segurados do INSS, assim como no cumprimento de decisões judiciais.