Possibilidade de uma segunda onda do covid-19 faz com que prefeituras criem plano para contenção econômica. Diante dos índices de aumento da pandemia, os atuais e novos gestores que vierem a assumir em 2021 já estão debatendo os projetos para lidar com o cenário de crise. Entre as ações já anunciadas, está a prorrogação de impostos e extensão das rendas emergenciais.
Assumir uma prefeitura em 2021 será um grande desafio para os candidatos aprovados nessas eleições. Com os debates sobre uma possível segunda onda do covid-19, os gestores deram início ao planejamento para a contenção de uma crise econômica.
Em reunião da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), com 82 gestores eleitos e reeleitos, as possibilidades foram debatidas.
– Todas as prefeituras estão tentando trabalhar algum programa de incentivo, de alongamento de pagamento de tributos. A gente percebe que é necessário neste momento um apoio para o setor produtivo, principalmente o pequeno comércio, que foi mais castigado — afirma Jonas Donizette, prefeito de Campinas e presidente da FNP.
Sugestões em São Paulo
Para a principal cidade do país, espera-se que os prazos de pagamento de IPTU sejam postergados. Além disso, demais tributos como o ISS serão negociados com a finalidade de permitir que a população ganhe mais tempo para levantar recursos.
— Provavelmente, 2021 vai exigir algum Refis específico, para dar oportunidade a quem, por alguma dificuldade, não pôde pagar impostos.
Outra sugestão também adotada é a extensão da renda emergencial. Cerca de 480.146 famílias deverão receber quantias extras entre os meses de outubro, novembro e dezembro, sendo cada uma delas no valor de R$ 100.
Curitiba elabora planejamento
O prefeito reeleito Rafael Greca (DEM), em Curitiba, também já informou que irá criar o programa de Recuperação Fiscal de Curitiba (Refic-Covid-19) para refinanciamento de dívidas. Impostos como o IPTU, ISS, taxa de coleta e mais poderão ser divididos em até 36 meses.
Belo Horizonte
Em BH, o reeleito prefeito Alexandre Kalil (PSD), também informou que irá postergar o prazo de quitação do IPTU e das taxas imobiliárias. Para essa região, os impostos poderão ser pagos em até seis vezes, sendo a primeira parcela cobrada apenas no dia 30 de julho.