A cidade do Rio de Janeiro vem passando por uma crise às vésperas das festas de final de ano. Com isso, a prefeitura da cidade determinou hoje (17), a suspensão de todos os pagamentos no Rio e de todas as movimentações financeiras até que haja uma segunda ordem.
Há algum tempo o município teve uma baixa arrecadação com os impostos cobrados e com isso a suas dívidas foram crescendo cada vez mais.
Uma das áreas públicas que mais foi afetada por essa falta de recursos foi a saúde do município, que não teve repasse de recursos e está em situação precária.
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A medida de paralisação de pagamentos no Rio foi assinada pelo secretário municipal da Fazenda, Cesar Augusto Barbeiro e suspendeu também as atividades do Tesouro Nacional desde ontem (16).
A prefeitura informou em nota que essas ações foram tomadas para que o caixa do município seja ajustado.
Apesar disso, não foi informado ainda pela prefeitura, quando serão regularizadas as folhas de pagamento dos funcionário públicos e também se haverá ou não o pagamento do 13º salário.
Os funcionários da rede municipal estão sem receber os seus salários desde o mês de outubro, muitos atuantes da área da saúde decidiram entrar em greve até que sejam realizados os pagamentos.
O prefeito do município, Marcelo Crivella, solicitou a ajuda do governo federal. Com isso, o Ministério da Saúde vai repassar R$152 milhões, porém o dinheiro chegará ao município em duas parcelas. A primeira paga neste ano e a outra em 2020.
O primeiro deve chegar ao governo municipal amanhã, quarta-feira (18), num valor de R$76 milhões para abastecimento dos cofres. Já o restante será recebido na segunda parcela, que está prevista para ser paga no dia 15 de janeiro.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT), determinou o bloqueio de R$300 milhões das contas da prefeitura, que seriam utilizados para o pagamento dos salários atrasados dos funcionários.
Porém, nas contas do município foram encontrados, nesta segunda-feira (18), apenas R$92 milhões.
Com o pouco dinheiro disponível em conta, o vice-presidente do TRT, César Marques Carvalho, determinou que seja realizada uma transferência imediata de R$76 milhões para as organizações responsáveis pelos hospitais com situação mais crítica no município carioca.