Aposentados e pensionistas do INSS são vítimas de um novo golpe. Nessa semana, uma reportagem especial do portal Hoje Em Dia mostrou que cerca de 10 brasileiros são vítimas de fraudes mensalmente por meio do sistema previdenciário em Belo Horizonte. De acordo com a matéria, atualmente os criminosos estão usando os serviços de crédito consignado para roubar valores das contas dos cidadãos.
Com a aprovação do aumento da margem do crédito consignado de 35% para 40%, há quadrilhas que estão utilizando o benefício para roubos.
Os criminosos estão acessando o sistema do INSS para solicitar empréstimos consignados sem a autorização dos segurados. O procedimento vem sendo feito por meio da utilização dos dados pessoais dos segurados.
Somente em Belo Horizonte vem sendo registrados 10 mil casos por mês de invasão ao Meu INSS. Normalmente a quadrilha acessa o portal do órgão e utiliza os documentos dos cidadãos para solicitar consignados que vêm sendo depositados em contas paralelas.
O Procon explicou que o caso cresceu no último mês e reforça a necessidade de uma vigilância mais ativa no INSS.
Advogados pontuam falhas no sistema do INSS
Diante de tal cenário, especialistas previdenciários explicam que a principal responsabilidade das fraudes é do próprio INSS que apresenta um sistema cheio de falhas.
De acordo com o advogado Braian Santos Costa, o Meu INSS precisa passar por um novo processo de segurança para tornar o acesso desses criminosos mais difícil.
Ele relembra que atualmente para se conectar basta fornecer o nome completo da pessoa, data de nascimento, CPF e ficar respondendo às perguntas de validação até elas serem certas.
Tendo o login já efetuado, com o número do benefício, a solicitação de empréstimo e demais serviços já é autorizada. Dessa forma, o especialista indica que:
“Aposentados e pensionistas não devem passar as informações para ninguém. O INSS não solicita informações por telefone nem manda e-mail. Quando é algo sério, é por meio de carta, telegrama ou comunicado direto no sistema ‘Meu INSS’”, alertou.
Braian reforça ainda que, caso o cidadão seja vítima ele deve realizar um boletim de ocorrência e recorrer ao Judiciário.