Cesta básica de SP tem alta em 21 alimentos durante outubro, diz Procon

Valor da cesta básica em São Paulo ultrapassa recorde e produtos passam a ser comercializados por R$ 949,98. Nessa semana, um levantamento realizado pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP mostrou que fazer feira está cada vez mais inviável na capital paulistana. De acordo com as pesquisas, cerca de 21 produtos estão mais caros do que no mês passado. Acompanhe os detalhes.  

Cesta básica de SP tem alta em 21 alimentos durante outubro, diz Procon (Imagem: Google)
Cesta básica de SP tem alta em 21 alimentos durante outubro, diz Procon (Imagem: Google)

Se você mora na capital paulistana e está tendo dificuldades para realizar suas compras de supermercado, fique atento, pois a previsão dos próximos meses também não é positiva.

Levantamentos do Procon SP mostrou que a cesta básica na região está 2,13% mais cara. Durante todo o mês de novembro espera-se que os produtos permaneçam com valores mais elevados.  

Para poder contabilizar os números o Procon SP fez uma parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostrando que o preço mediano entre setembro e outubro foi reajustado de R$ 930,19 para R$ 949,98.  

Divisão de valores por produtos 

Na separação daquilo que está mais caro ou barato, os números mostraram que o setor de alimentação é o que se mantem mais elevado, com uma variação de 2,26%. 

Na área de higiene pessoal e limpeza o cenário também é delicado, com um acréscimo de 1,55% para a primeira categoria e 0,76% na segunda. Já em relação a contabilidade anual, a cesta básica está 21,15% mais cara.  

Em outubro os produtos mais caros foram: 

  • Batata (kg) 20,31% 
  • Óleo de soja (900 ml) 12,15% 
  • Frango resfriado inteiro (kg) 9,00% 
  • Arroz (5 kg) 7,62% 
  • Papel Higiênico Fino Branco (com 4 unidades) 5,82% 

Os mais baratos foram: 

  • Cebola (kg) -16,74% 
  • Alho (kg) -5,44% 
  • Leite UHT (litro) -4,23% 
  • Farinha de trigo (kg) -3,93 
  • Ovos brancos (dúzia) -3,75 

Salário mínimo não é suficiente  

É válido ressaltar que pesquisas do próprio Dieese mostram que o atual valor do salário mínimo é considerado insuficiente diante da atual inflação.

Segundo o instituto de pesquisa, para manter uma família de até quatro pessoas o cidadão precisaria ter uma verba até 5 meses maior que a atual quantia de R$ 1.045. 

No que diz respeito as projeções para 2021, o governo já informou que deverá aumentar o piso nacional em apenas R$ 22, sem levar em consideração o atual cenário de crise. 

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.