Em breve, a Caixa Econômica Federal vai lançar uma linha de financiamento imobiliário corrigida pela caderneta de poupança. O modelo segue os exemplo dos seus concorrentes Itaú e Banco Inter.
A vantagem dessa linha para as outras é que os juros cobrados são menores do que os de empréstimos tradicionais.
Porém, há riscos, pois isso depende de como vai se comportar a taxa básica de juros, que é chamada de Selic, que hoje é de 2% ao ano. Se a Selic tiver um alta, o juros do financiamento vai acompanhá-la.
Hoje, a poupança é responsável por 70% da Selic. Caso a taxa chegue em 8,5%, por exemplo, a poupança vai render cerca de 6,17% ao ano.
Com esse lançamento do novo produto da Caixa, são oferecidos aos clientes três linhas de financiamento.
A informação foi repassada pelo presidente do banco Pedro Guimarães, após participar de um evento da Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), sobre o desempenho do crédito imobiliário.
“Estamos discutindo um quarto produto agora, devemos lançar em breve. Esse produto veio com a competição. Isso é muito bom, isso gera eficiência”, disse.
Outras linhas de crédito
No ano passado, a Caixa lançou uma linha de crédito atrelada à inflação oficial, que é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Essa linha possuí juros entre 2,95% a 4,95% ao ano, com o adicional do índice de preços.
Em fevereiro deste ano, o financiamento lançado foi o com taxa fixa, ou seja, que não recebe nenhum tipo de correção, as taxas de juros são de 8 e 9,75% ao ano.
Há também a linha tradicional em que a taxa de juros é atrelada à Taxa Referencial (TR), que hoje está zerada, com juros entre 6,5% e 8,5% ao ano.
De acordo com Guimarães, essa linha é corrigida pela inflação e já corresponde a um terço das operações de crédito imobiliário do banco.
Além disso, ele disse que a carteira que é corrigida pelo IPCA chegou a R$ 15 bilhões.
No mês de janeiro, a Caixa vai vender para o mercado uma fatia dos contratos, o equivalente a R$ 1 bilhão, para incrementar a fonte de recursos de financiamentos, a chamada securitização.