Após período de crise, país começa a demonstrar indícios de recuperação econômica. Nessa semana, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou o balando de novas contratações feitas no mês de setembro. De acordo com o levantamento, durante os 30 dias foram registradas 313.564 vagas de empregos formal, indicando que um processo de retomada do mercado pode ter se iniciado.
Com a chegada do novo coronavírus no Brasil, o desemprego alcançou números históricos. Somente este ano, o índice de demissões foi 14% menor em comparação com 2019, registrando uma das piores estatísticas da década.
No entanto, segundo o Caged, os empregos voltaram a ser ofertados, possibilitando um novo momento na economia nacional.
O número de 313.564 novas contratações em setembro foi o melhor desempenho nacional desde o mês de março, quando o covid-19 passou a ser registrado.
Apesar da evolução é válido ainda ressaltar que o valor permanece insuficiente, ficando negativo em 558.597 no acumulado do ano.
Recuperação em V
Quem estava presente no anuncio dos números foi o ministro da economia, Paulo Guedes, que optou por não responder as perguntas da imprensa ao ser questionado sobre o atual cenário de crise e quais as responsabilidades do governo para tal desenvolvimento.
Segundo Guedes, os índices apresentados pelo Caged mostram que há um sinal de recuperação em V, que significa que a economia está sendo retomada de forma rápida após um período intenso de queda.
— Uma excelente notícia, confirmando a volta da economia brasileira em V. É o maior ritmo de criação de empregos já registrado em qualquer setembro. Importante registrar também que todos os setores aumentaram emprego e todas as regiões do Brasil — defendeu o ministro.
Indústria e serviços puxam alta
Dentro dos setores com maior destaque, está a indústria que apresentou um saldo positivo de 100.868 empregos em setembro. Já o segmento de serviço ficou com 80.481 novas vagas. Ao todo, foram registadas 1.379.509 admissões e 1.065.945 demissões neste período.
Ainda segundo os levantamentos, até o dia 23 deste mês foram contabilizados novos 18,9 milhões de acordos, sendo 9,7 milhões de empregados e 1,4 milhões de empregadores no país.