Neon mira em público baixa renda e o disputa com a Caixa Econômica

A Neon Pagamentos tem registrado grandes resultados entre as instituições que oferecem serviços financeiros no país. Com 9,5 milhões de clientes, a empresa busca alcançar cada vez mais público. As classes C e D, além dos microempreendedores individuais (MEIs) estão no foco de alcance. Para ganhar cada vez mais espaço, será necessário entrar na concorrência com a Caixa.

Neon Pagamentos foca em público das classes C e D para aumentar o número de clientes
Neon Pagamentos foca em público das classes C e D para aumentar o número de clientes (Imagem: Divulgação/Neon)

Na comparação com a Caixa Econômica Federal, a Neon Pagamentos tem uma quantidade menor de clientes. No entanto, o mercado nessas classes é bem extenso. Com relação aos MEIs presentes no mercado, a Neon conseguiu acesso de 25% dos 9 milhões totais.

“Estamos falando de um mercado potencial de mais de 100 milhões de pessoas. Acreditamos que tem bastante espaço para crescer, sobretudo com a oferta de bons serviços”, afirma o presidente da Neon, Jean Sigrist, ao Broadcast do Estadão.

Como forma de atrair cada vez mais essas pessoas, a Neon Pagamentos havia adquirido o MEI Fácil. Além disso, disponibilizou recentemente uma carteira de serviços bancários voltada para essa parcela da sociedade.

Em uma rodada de investimentos neste ano, a fintech conseguiu a captação de US$ 300 milhões. Com a quantia, tem sido possível realizar fusões e aquisições para fortalecer a marca.

Caixa e o auxílio emergencial

A Caixa Econômica tem registrado grande participação no dia a dia do brasileiro por meio da operação do auxílio emergencial. A empresa possui mais de 35 milhões de clientes e tem ajudado grande parte do público por meio do fornecimento das parcelas para ajudar os mais prejudicados pela pandemia.

Com isso, a população com menor renda tem se inserido no meio digital cada vez mais. Como forma de garantir o direito às mensalidades, muitos procuram facilidade para gerir o dinheiro a ser recebido. Em vez de seguirem no uso de conta compartilhada, a pessoa de classe baixa tem aderido à conta própria.

“Esse movimento reforça a tendência que já vínhamos observando na Neon, de individualização de contas nas classes C e D. O uso de tecnologia permite a redução de custos e ganhos de eficiência no setor bancário”, relata.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.