Abertura de novos negócios não foram prejudicados por conta da pandemia, afirma Serasa

Apesar do cenário de pandemia, a Serasa Experian apontou a abertura de 2.195.945 novos negócios no Brasil, entre janeiro e agosto deste ano. Este número foi um pouco menor que o registrado na comparação com 2019 — com 2.216.426 aberturas de empresas. O resultado veio do levantamento divulgado pela instituição nesta segunda-feira (26).

Serasa Experian aponta que a abertura de novos negócios não foram prejudicados por conta da pandemia
Serasa Experian aponta que a abertura de novos negócios não foram prejudicados por conta da pandemia (Imagem: Lukas/Pexels)

Com relação à evolução da abertura de empresas por idade, a faixa etária com maior destaque foi a dos jovens de 19 a 30 anos. Este grupo representou 35% da parcela total. Logo após, está as pessoas de idade entre 31 e 40 anos, com 31%.

O economista da Serasa Experian Luiz Rabi destaca o ímpeto das pessoas mais jovens em aceitarem o desafio de investirem em um negócio próprio.

“Hoje, o jovem tem mais disposição para desafios e está menos disposto a se manter em um emprego que não tenha a ver com o que ele acredita. Além disso, o mercado formal de trabalho também está difícil para os jovens, que acabam indo para o empreendedorismo”, relata.

São Paulo segue sendo estado com mais aberturas de negócios, com 28,8% do número total. Em sequência, os outros estados com destaque foram Minas Gerais (11%), Paraná (7%), Rio Grande do Sul (5,8%) e Santa Catarina (4,9%).

Resultado mensal

Os meses de abril e maio tiveram as maiores quedas na abertura de empresas. Em abril, o recuo foi de 30,03%. Já em maio, a queda foi de 21,66%. No mês de agosto, houve ligeira diminuição, de 0,8%.

O economista afirma que essa queda em abril e maio já era esperada. O motivo seria por conta da grande incerteza causada pelo isolamento social no início da pandemia da covid-19.

“Passado o susto inicial, as pessoas retomaram seus planos de ter o próprio negócio. Garantir a abertura de um negócio foi a alternativa de muitos empreendedores não só para ter uma renda, mas também para aproveitar as oportunidades que surgem nas crises”, destaca.

Comparação por segmento

Entre todos os segmentos analisados, o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas teve a maior parcela, com 27%. Em seguida, está o segmento de alojamento e alimentação, com 10%. Indústrias de transformação; transporte, armazenagem e correio; e construção registraram 8% cada.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.