Levantamento feito por meio da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostra que o Brasil contratou cerca de 19.746 venezuelano nos últimos dois anos em trabalho formal. A aceitação de profissionais de outro país é sempre uma pauta com muita resistência em âmbito federal, porém a mesma vem apresentando um acréscimo positivo de 168,5% entre 2018 e 2019.
Se você está no mercado de trabalho, provavelmente já se deparou com algum colega que não tem nacionalidade brasileira.
Antes do país entrar em crise econômica e política no cenário internacional, havia um alto índice de interesse de pessoas estrangeiras querendo atuar nas empresas locais. Os venezuelanos estão entre os mais frequentes.
De acordo com os números da Rais, foram registradas cerca de 19.746 contratações no ano de 2019. Em 2018, esse número era de 7.353. Um dos principais motivos até então era o programa mais médicos que foi cancelado pela atual gestão.
Além dos venezuelanos, os estudos mostraram ainda que o aumento total de estrangeiros contratados foi de mais de 190,75%, passando de 7.957 para 23.135. Um outro grupo em destaque foram os senegaleses que tiveram uma evolução de 173,5%.
Porém, o total de trabalhadores africanos em atuação no Brasil é menor que as demais nacionalidades, sendo registradas apenas 1.999 contratações.
Já o maior grupo em atuação no mercado nacional é referente aos haitianos. Em 2019 eles representaram 58,4 mil pessoas, uma evolução de 11,6 mil (+24,8%) em relação a 2018.
Emprego tem alta de 2%
Ainda analisando os números de 2019, a Rais detectou uma alta de 2% nas contratações gerais de todo o país. Foram assinadas novas 47.554.211 carteiras de trabalho, sendo 923 mil a mais do que no ano anterior.
Para 2020 o cenário, no entanto, será negativo. A expectativa de analistas e demais pesquisadores é que o país registre uma das maiores baixas trabalhistas de sua história, levando em consideração os efeitos do covid-19.
As estatísticas poderão ser amenizadas por causa da MP que permite uma suspensão temporária nos contratos.
Para esse grupo, os trabalhadores não serão registrados como desempregados, mas ainda assim não tem direito aos valores e benefícios totais legalmente segurados pelas suas carteiras de trabalho.