O programa mais popular de habitação poderá sofrer alterações em 2020. O governo federal espera reformular o sistema para atender municípios com até 50 mil habitantes. Entre um das novas ações, a utilização de vouchers no Minha Casa Minha Vida trarão mais autonomia aos beneficiários.
A dinâmica funciona desta forma: o beneficiário poderá receber um voucher, ou seja, um documento comprobatório que dá direito ao pagamento por um produto. Ou seja, caberá aos selecionados a decisão sobre como a obra será tocada, o que pode incluir a escolha do engenheiro e a arquitetura do imóvel.
De acordo com o texto, serão três tipos de voucher no Minha Casa Minha Vida. Sendo um para comprar, outro para construir e, por fim, um para reformar.
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Com o novo método, os beneficiados do programa terão mais mobilidade para realizar mudanças ou aquisição de imóveis. Construtoras por sua vez acreditam que o modelo não será eficaz.
Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, um projeto semelhante a esse foi testado e não mostrou grandes melhorias. O chamado Sub-50, modalidade do Minha Casa também amparava municípios de até 50 mil habitantes.
Matins justifica que a supervisão de profissionais escolhidos pelos próprios beneficiados, é mais difícil. Ele também menciona que o valor a ser direcionado nesta modalidade pode ser superior ao modelo atual.
Atualmente, o contemplado pelo programa já recebe do governo a casa pronta juntamente com a construtora. Com a implementação dos vouchers, poderá ser escolhida a unidade habitacional ou participação na construção. Sendo assim, escolhendo onde a casa será feita e até mesmo o projeto final da obra.
Para a aquisição de vouchers no Minha Casa Minha Vida, será preciso atender ao critério pré-definidos, onde o valor será estipulado previamente e dependerá dos preços correntes no mercado imobiliário, levando em consideração o local onde o imóvel será construído. Com ele em mãos, será possível escolher para qual será o seu uso.
Segundo o texto apresentado, o valor médio trabalhado com o novo programa será de R$60 mil por beneficiário, observando os três tipos de voucher.
O governo federal pretende implementar a medida para famílias com renda mensal de até R$1,2 mil. Já aquelas que possuem renda entre R$ 1,2 e R$ 5 mil deverão entrar na modalidade de financiamento do programa.