O Serasa realizou um levantamento com 3 mil pessoas de dez países e apontou que o Brasil foi o país que registrou a maior alta de compras online de produtos domésticos. Com relação às compras de alimentos, também houve crescimento, de 60% pra 71%. Saiba mais.
Na comparação com outros países pesquisados, a porcentagem de pessoas brasileiras que afirmaram realizar compras pela internet teve crescimento de 11% em março para 31% em julho. No Reino Unido a variação foi de 5% e nos Estados Unidos foi de 9%.
Na parte das compras, o crescimento do Brasil foi de 11%. A maior alta entre os países pesquisados foram os Estados Unidos, que tiveram elevação em 12%, chegando a 58%.
A ‘onda’ de compras online deve permanecer
Segundo a pesquisa Impactos da Pandemia no Comportamento do Consumo do Brasileiro, feita pelo Instituto Locomotiva, as compras virtuais devem continuar, mesmo após a pandemia.
Os resultados mostram que 10% das pessoas passaram a comprar pela internet. Com relação a quem já comprava pela internet, 45% dos entrevistados afirmaram que aumentaram as compras. Foram ouvidas 2.006 pessoas de 72 cidades de todos os estados do país.
Diante dessa nova realidade, o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meireles contrasta a mudança das compras físicas e virtuais. “Durante mais de três meses, as pessoas passaram a digitalizar uma série de processos de compra. Isso fez com que o processo de compra [online] tenha se tornado muito funcional”, afirma à Agência Brasil .
“Portanto shoppings, as lojas físicas, vão ter que ter um tipo de serviço muito diferente do de antes. A experiência de compra vai passar a contar muito mais para justificar o consumidor indo para uma loja física”, prossegue.
Além disso, 50% das pessoas que frequentavam papelarias e livrarias relataram que não comprariam mais em lojas físicas após o Covid-19. Com relação a lojas de materiais de construção, a porcentagem é de 38%. Para petshops e perfumarias, a porcentagem chega a 44%.
“Vamos começar a ter consumidores que vão comprar pela internet, e retirar na loja. E comprar na loja e pedir para entregar em casa. Vamos ter a transformação de grandes hipermercados, por exemplo, em minicentros de distribuição, de produtos e serviços. Na prática, o século 21 do ponto de vista do varejo começa agora”, completa.