Novo Minha Casa Minha Vida. Governo vem estruturando projeto que permitirá que os beneficiários possam participar da construção dos imóveis. A reformulação do programa vai deixar que os moradores escolham o modelo das casas, arquitetos e engenheiro. O assunto foi discutido ontem (3), no programa Brasil em Pauta, da TV Brasil.
A partir de agora, o Minha Casa Minha Vida passará a ter como prioridade municípios que tenham até 50 mil habitantes. Segundo o governo, a decisão visa otimizar a construção dos imóveis e propor mais liberdade para os beneficiários que poderão opinar sobre suas moradias.
Atualmente, as casas seguem um único padrão, feito pela construtora que assinou a obra e entregues prontas. Com a reforma, será disponibilizado uma espécie de voucher (documento que comprova o pagamento ou dá direito a compra de um produto) onde o morador poderá utilizá-lo para escolher os profissionais de sua obra, modelo da casa, etc.
Leia também: Minha Casa Minha Vida deve receber verba para pagamento de dívidas
Ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou que a mudança será positiva tendo em vista que agora os beneficiários poderão construir lares de acordo com suas necessidades.
“Muitas vezes a família precisa ou quer uma casa mais simples e maior. Outra, com cômodos menores e mais qualidade de acabamento. A gente quer deixar isso a critério deles”, afirmou.
Valor liberado para o novo Minha Casa Minha Vida
Sobre o valor do voucher, Canudo informou que tudo vai depender dos preços no mercado imobiliário e também do local onde será construído o imóvel. Ele relembra que essa variação interfere diretamente nas despesas da obra e por isso não será estipulado um preço fixo para as construções.
Normalmente, o programa fornece R$ 60 mil para levantar uma casa. Para a liberação do atual voucher serão consideradas três situações: o de aquisição, para comprar o imóvel já pronto; o de construção, para começar a casa do zero; e o de reforma, para melhorar ou ampliar a casa já existente.
O ministro explicou ainda que o novo Minha Casa Minha Vida que dá direito ao voucher só será disponibilizado para quem recebe um salário médio de R$ 1.200. As famílias acima dessa quantia continuarão a entrar no programa por meio de financiamento. Quanto à cobrança de juros, disse que o projeto visa proporcionar taxas cada vez menores.
“Hoje a faixa é de 5% [ao ano]. A gente quer baixar isso para 4,5% ou 4% para ficar mais competitivo. Essa é a premissa base”, ressaltou.