Formas de financiamento do Renda Cidadã poderão ser alteradas mediante acusações direcionadas ao governo. Nessa terça-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro se manifestou sobre as críticas feitas ao novo projeto social de seu governo. De acordo com ele, a pauta ainda será mantida e avaliada, podendo haver a possibilidade de alterações em sua forma de custeio.
As últimas 24 horas foram de tensão para a administração pública federal. Mediante as explicações de como funcionaria o pagamento do Renda Cidadã, o governo passou a receber uma série de críticas sendo acusado de estimular uma pedalada fiscal.
Isso porque, uma das propostas anunciadas foi a suspensão dos precatórios que nada mais são do que dívidas públicas.
Analistas do mercado, especialistas políticos, entre outros, afirmam que a sugestão é um crime de responsabilidade fiscal. Desse modo, Jair Bolsonaro defendeu-se afirmando que se tratava de um problema de todos e que independentemente da decisão tomada por ele, teria um efeito coletivo.
— Aquele ditado “estamos no mesmo barco” é o mais claro que existe no momento. O Brasil é um só. Se começar a dar problema, todos sofrem. O pessoal do mercado não vai ter também renda, vocês vivem disso, de aplicação.
Eleições de 2022
Bolsonaro questionou ainda aqueles que alegam que seus posicionamentos estão sendo pensados a partir de expectativas de votos para as próximas eleições. Muitos afirmam que seu interesse em projetos sociais são uma estratégia para garantir uma popularidade de campanha.
Quanto a isso, informou que recorrerá aos seus parceiros militares para encontrar uma solução racional, tendo em vista que até esse momento nada foi acordado.
— Tudo que eu faço, dizem que estou pensando em 2022. Se nada faço, sou omisso. Se faço, estou pensando em 2022. Agora, não queiram estar no meu lugar, vou fazer o possível para buscar soluções. Vou para uma máxima militar, eu quero a solução racional, preciso de ajuda no tocante a isso. Agora, se não aparecer nada, vou tomar aquela decisão que o militar toma. Pior do que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Eu não vou ficar indeciso. O tempo está correndo — disse o presidente na saída do Palácio da Alvorada.