Até os brasileiros que conseguiram manter o seu trabalho neste período de pandemia, estão sentindo no bolso o impacto causado pela pandemia do novo coronavírus no país. Foram perdidos cerca de um quarto dos rendimentos dos trabalhadores.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), organizados pela consultoria ‘Idados’ apontam que a queda nesses rendimentos dos trabalhadores que estão trabalhando foi maior para os que possuem escolaridade menor.
No primeiro semestre deste ano, os trabalhadores que não completaram o ensino médio tiveram uma queda de cerca de 25% com relação ao que estavam acostumados a ganhar no mês.
O IBGE calculou esse resultado fazendo perguntas aos trabalhadores sobre quanto recebiam habitualmente naqueles mês e quanto realmente receberam.
Até o mês de maio, a perda de renda dos trabalhadores era de 18% na média de todas as escolaridades.
Entre os meses de junho e junho, com a reabertura parcial do comércio e a retomada da economia, essa queda foi aliviada passando para 17% e logo depois para 13%.
Mesmo com uma metodologia diferente, a Pnad Contínua mostra que nestes meses nunca houve uma queda desta.
Apesar da melhora, a diferença da perda de remuneração que os menos instruídos ou seja, aqueles que não concluíram o ensino fundamental, com relação aos que concluíram o ensino superior se manteve em 8 pontos percentuais.
O economista Matheus Souza da Idados, ressaltou que os dados são referentes a uma média dos trabalhadores com essas qualificações e que essa perda de rendimento leva em consideração os ocupados formais e os informais.
Dos informais, uma parte contou com o auxílio emergencial que foi pago em 5 parcelas de R$600 e foi prorrogado até dezembro, mas o valor será pela metade de R$300.
“Ainda que os mais pobres tenham até visto um aumento de renda, a lembrança que o brasileiro guardará da pandemia será de perda do que recebia no trabalho”, disse Souza.
Entre os meses de maio e junho, os trabalhadores que não possuem instrução algumas ou com o ensino fundamental incompleto, chegaram a perder R$431 por mês.
Sendo assim, é como se os profissionais tivessem deixado de receber o equivalente a cerca de 40% de um salário mínimo, no valor de R$1.045.