Nesta terça-feira (26), o dólar voltou a fecha em alta, no valor de R$ 4,24. A alta da moeda norte-americana se deu por conta de uma declaração que o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu aos investidores nos EUA.
Na noite dessa segunda-feira (25), Paulo Guedes declarou para investidores em Washington, nos Estados Unidos, que não estava preocupado com a moeda norte-americana acima de R$4,20. As declarações de Guedes deixaram os investidores pessimistas.
Ontem, o dólar subiu 0,63%, indo a R$4,23. Durante boa parte do pregão, o dólar chegou a ser negociado acima de R$ 4,27.
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O dólar turismo, para os turistas do país, subiu mais ainda sendo negociado a um valor de R$4,43, isso sem considerar os impostos.
O ministro ainda disse em sua declaração que, diante da redução da taxa básica de juros no país, o câmbio de equilíbrio “tende a ir para um lugar mais alto”.
“Quando você tem um fiscal mais forte e um juros mais baixo, o câmbio de equilíbrio também é mais alto”, afirmou Guedes.
Esse é o novo recorde nominal do dólar desde o ano de 1994, quando houve a implantação do Plano Real.
Diante dessa alta da moeda norte-americana o Banco Central, anunciou dois leilões de venda extraordinária de dólar à vista de no mínimo US$1 milhão. A medida é uma forma de mostrar ao mercado as ferramentas disponíveis para controlar a alta da moeda.
Em entrevista à Reuters o sócio e fundador do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, disse que esse foi o recado do banco ao mercado.
“O Banco Central deu um recado, vendo o que está acontecendo. Não é porque o Guedes falou que o dólar vai ficar alto que vai ficar por isso mesmo”, disse Laatus.
“O mercado, depois da fala do Guedes, quer testar quais são os patamares que incomodam o Banco Central. E teve essa venda de dólares à vista, um recado do BC”, afirmou.
Apesar da alta, esse valor do dólar não leva em conta a inflação de nenhum dos dois países.
Além dessa, o ministro deu outras declarações polêmicas, sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recém-liberado da prisão.