PONTOS CHAVES
- Banco Central libera nova nota de R$ 200
- Cédula já está em circulação em todo o país
- Criação vira alvo de críticas mediante alterações na inflação
Brasileiros agora contam com nova cédula em circulação. Nessa quarta-feira (02), o Banco Central disponibilizou a nota de R$200. De acordo com a instituição, para este ano, serão emitidas 450 milhões de unidades que deverão circular junto com as demais seis já em uso no país. A emissão foi motivada pela crise do novo coronavírus e ainda sendo criticada pela sociedade. Conheça.
A nova nota de R$200 já está na mão daqueles que fizeram saque nas últimas 24h. Segundo o Banco Central, a decisão de criar um novo valor financeiro em espécie teve como finalidade diminuir as transações feitas com dinheiro vivo, dessa forma seria economizado com a impressão de papel moeda.
Uma das ações que motivaram o BC e desenvolver a cédula com o valor maior foi o pagamento do auxílio emergencial e saque emergencial do FGTS. Mediante o alto volume de circulação de notas, a instituição afirmou que estava faltando cédulas em caixa e que não dava tempo de a quantia liberada girar e voltar para os bancos.
Dessa forma, a impressão de papel precisaria ser ampliada. No entanto, defendeu-se que ainda assim não seria o suficiente para a alta demanda atual. Por isso, para reduzir as despesas da emissão do papel o BC criou a nota de R$ 200.
“As casas impressoras de dinheiro foram desafiadas a produzir um maior volume em uma menor quantidade de tempo. É desafiador, porque há limitações fabris, de insumo e de produção das máquinas” explicou a Diretora de Administração do Banco Central, Carolina de Assis Barros.
É válido ressaltar que há 18 anos não se criava uma nova nota. A última modificação feita pelo BC foi a remodelação em 2010.
Conheça as características das notas nacionais:
R$ 200,00
- Entrou em circulação em 2 de setembro de 2020
- Já chega fazendo parte da 2ª Família do Real
- Animal: Lobo-guará
- Cores: Cinza e sépia
R$ 100,00
- Entrou em circulação em 1º de julho de 1994
- Ganhou nova geração em 13 de dezembro de 2010 (2ª Família do Real)
- Representa 21% das cédulas em circulação
- Animal: Garoupa
- Cores: Azul e cinza
R$ 50,00
- Entrou em circulação em 1º de julho de 1994
- Ganhou nova geração em 13 de dezembro de 2010 (2ª Família do Real)
- Representa 32% das cédulas em circulação
- Animal: Onça-pintada
- Cores: Marrom e laranja
R$ 20,00
- Entrou em circulação em 27 de junho de 2002
- Ganhou nova geração em 23 de julho de 2012 (2ª Família do Real)
- Representa 12% das cédulas em circulação
- Animal: Mico-leão-dourado
- Cores: Amarelo e laranja
R$ 10,00
- Entrou em circulação em 1º de julho de 1994
- Ganhou nova geração em 23 de julho de 2012 (2ª Família do Real)
- Representa 9% das cédulas em circulação
- Animal: Arara
- Cores: Carmin e marrom
R$ 5,00
- Entrou em circulação em 1º de julho de 1994
- Ganhou nova geração em 29 de julho de 2013 (2ª Família do Real)
- Representa 8% das cédulas em circulação
- Animal: Garça
- Cores: Violeta e azul
R$ 2,00
- Entrou em circulação em 13 de dezembro de 2001
- Ganhou nova geração em 29 de julho de 2013 (2ª Família do Real)
- Representa 18% das cédulas em circulação
- Animal: Tartaruga marinha
- Cores: Azul e cinza
Crítica a nota de R$ 200
Desde que anunciou o lançamento da cédula, o Banco Central vem sendo fortemente criticado. Muitos jornalistas e demais representantes da sociedade civil afirmam que a emissão deverá dimensionar a inflação.
“A inflação está muito baixa, isso significa que o preço das compras nos estabelecimentos comerciais não está se elevando, então isso deve fazer com que o troco de fato seja um pouco dificultado”, disse o economista Fábio Terra ao podcast de Educação Financeira do G1.
Entretanto, contra argumentando, o BC garantiu que o índice inflacionário nacional está equilibrado e não deverá ultrapassar a média prevista para esse ano.
Outra crítica foi sobre a possibilidade de facilitação na lavagem de dinheiro. Muitos internautas cobraram do banco uma resposta sobre a real necessidade da criação da nova cédula, alegando que com um valor mais alto seria mais fácil esconder possíveis desvios na administração pública.
Quanto a isso, o BC não se pronunciou. É importante ressaltar que o mesmo precisou justificar a nova cédula para os órgãos jurídicos do país.