Nova gasolina começa a entrar em circulação. A partir desta segunda-feira (03), os postos de combustíveis passarão a vender uma versão atualizada. O produto foi desenvolvido ao longo das últimas semanas e tem como propósito garantir uma maior durabilidade para os consumidores. Entretanto, seu preço de venda ficará mais elevado do que o valor atual, de aproximadamente R$ 4,70 por litro.
De acordo com a Petrobras, as alterações da gasolina foram destinadas para o produto na categoria tipo C (comum) e premium (utilizada em carros esportivos).
Desse modo, a aplicação para esse grupo irá se tornar mais cara. No entanto, a estatal garante que a longo prazo apresentará um melhor custo benefício.
O que mudou na gasolina?
Agora, o produto passa a contar com uma exigência de massa específica mínima. Isso significa dizer que, a densidade e volume do petróleo ficará mais elevado. Para a gasolina comum, o peso mínimo passou a ser de 715 gramas por litro. Até então esse indicador não existia.
Everton Lopes, mentor de tecnologia em energia da SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade), explica que, “quando a massa específica é muito baixa, há menor conteúdo energético por litro, então o consumo aumenta”.
Outro ponto também alterado é no método de contagem da octanagem. Ou seja, quando misturada com o ar, seu risco de explosão foi reduzido.
“Tínhamos um padrão parecido com o dos EUA. Medíamos o IAD (índice antidetonante), que é a média entre MON e RON”, garantiu Alex Rodrigues Medeiros, especialista em regulação da ANP.
Economia por veículo
Os especialistas alegam ainda que todos os veículos desse grupo passarão a sentir uma redução de seu consumo. De acordo com os estudos realizados até o momento, haverá uma variação de 3% a 6%.
“Devemos observar uma menor ocorrência de batida de pino ou ignição precoce. Antes, existiam gasolinas leves, voláteis. Quando adicionava o etanol, se tinha um produto com pouca energia, com poucas substâncias que proporcionam a energia necessária no motor”, explicou Medeiros.
Por fim, do que diz respeito ao custo do abastecimento, este de fato se tornará mais caro. A expectativa é que já no mês de agosto o combustível seja reajustado mediante as suas novas especificações. O valor final para o consumidor depende das taxas e correções aplicadas pelos proprietários dos postos.