SALESóPOLIS, SP — O aumento do salário mínimo previsto para 2026 vai elevar o valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para R$ 1.627, ampliando a renda de idosos em situação de vulnerabilidade.

(Foto: I.A/Sora)
A mudança no salário mínimo também ajusta o limite de renda familiar per capita para ser aceito no BPC — que passa a ser de até R$ 406 — influenciando diretamente quem pode solicitar o benefício a partir de janeiro do próximo ano.
O que muda com o novo salário mínimo
- O governo federal estima que o salário mínimo nacional em 2026 será de R$ 1.627,00 (algumas projeções apontam para R$ 1.630 ou R$ 1.631 — o valor exato depende da aprovação orçamentária).
- Esse reajuste representa um aumento real sobre o piso atual de R$ 1.518,00 (2025).
🎯 O que é o BPC/LOAS e quem recebe
- O BPC é um benefício assistencial pago a idosos com 65 anos ou mais ou a pessoas com deficiência que comprovem renda familiar per capita muito baixa.
- Para ter direito ao BPC, a renda por pessoa da família deve ser igual ou inferior a ¼ do salário mínimo, conforme regra vigente.
- Com o novo piso de R$ 1.627, esse limite de renda per capita se tornará aproximadamente R$ 406,75 (¼ de 1.627).
💵 Quanto passarão a receber os beneficiários
- Com o reajuste do piso, o BPC pago em 2026 deverá ser fixado em R$ 1.627 mensais (ou valor definido oficialmente após aprovação, possivelmente R$ 1.630 / 1.631).
- Para quem já recebia o benefício, trata-se de um aumento nominal de cerca de R$ 109 a R$ 112 por mês em relação ao valor de 2025.
✅ Por que o BPC sobe com o salário mínimo
- A legislação que regula o BPC prevê que o benefício acompanhe o valor do piso nacional — ou seja, sempre equivale a 1 salário mínimo.
- Quando o piso é reajustado para compensar inflação e garantir ganho real, o BPC também é reajustado automaticamente.
🧓 Impactos para idosos e pessoas vulneráveis
- Para muitos idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, o aumento significa maior poder de compra: mais recursos para despesas essenciais como alimentação, remédios, aluguel, contas de energia etc.
- A correção mantém o valor real do benefício diante da inflação, importante para preservar o padrão mínimo de vida.
- A nova renda per capita máxima para elegibilidade (≈ R$ 406,75) também reafirma o caráter de proteção social voltado a famílias em situação de vulnerabilidade.
⚠️ O que ficar de olho / Possíveis desafios
- O valor final — se será R$ 1.627, 1.630 ou 1.631 — depende da aprovação do orçamento pelo Congresso e da oficialização pelo governo.
- A elegibilidade ao BPC continua condicionada à renda familiar; o reajuste do mínimo altera o limite de renda per capita, o que pode impactar quem pleiteia o benefício.
- A inflação e os custos de vida também influenciam: mesmo com o reajuste, pode haver pressão financeira se preços de bens e serviços subirem.

