O pedágio automático (free flow) já chegou a importantes rodovias brasileiras e, embora prometa mais fluidez no trânsito, também traz um alerta. Isso porque em alguns casos, o valor final da cobrança pode subir.
Um dos exemplos é quando o motorista não entende o modelo e perde prazos de pagamento. De todo modo, nossa missão aqui é ver quem é mais afetado e como evitar prejuízos.
O que é o pedágio automático e por que ele pode encarecer a viagem?
No sistema free flow, não existem cabines nem cancelas. O veículo passa sob pórticos com câmeras e sensores que identificam a placa ou a TAG eletrônica. A cobrança ocorre automaticamente, sem parada.
Porém, quando o motorista não possui TAG, surge a principal armadilha financeira: ele precisa entrar no site ou app da concessionária e pagar o pedágio dentro do prazo.
Caso contrário, além do valor do pedágio, pode enfrentar multa de trânsito por evasão.
Além disso, em rodovias longas, a tarifa não é única. O valor é dividido em vários trechos e, dependendo do trajeto, o motorista pode pagar mais do que pagaria em uma praça tradicional.

Quem pode pagar mais com o novo pedágio automático?
Alguns perfis de condutores são mais impactados pelo pedágio automático. Veja os principais:
Motoristas sem TAG eletrônica
Quem não tem TAG precisa pagar manualmente após a passagem. Se esquecer, o custo pode crescer rapidamente com multas e encargos.
Usuários ocasionais da rodovia
Motoristas que passam poucas vezes por determinada estrada tendem a não criar o hábito de consultar cobranças. Com isso, o risco de atraso aumenta.
Caminhoneiros e motoristas profissionais
Como percorrem grandes distâncias, eles passam por vários pórticos no mesmo trajeto. O resultado pode ser uma soma maior do que a prevista.
Turistas e viajantes eventuais
Quem não conhece a estrada pode sequer perceber que passou por um pedágio eletrônico, o que eleva o risco de inadimplência involuntária.
Existe alguma vantagem no free flow?
Apesar das críticas, o sistema também pode ser positivo para parte dos motoristas.
Quem possui TAG costuma receber descontos e condições especiais. Além disso, quem percorre apenas pequenos trechos paga somente pelo que utilizou, e não uma tarifa fixa.
Outro ponto favorável é a redução de congestionamentos e do consumo de combustível, já que não há mais filas nas praças.
Como evitar pagar mais do que o necessário
Para não transformar o pedágio automático em dor de cabeça, siga estas orientações práticas:
- Cadastre-se no aplicativo da concessionária responsável pela rodovia.
- Consulte regularmente se existem cobranças pendentes.
- Instale uma TAG eletrônica, se usa a estrada com frequência.
- Ative alertas de pagamento no celular ou e-mail.
- Guarde comprovantes de pagamento por segurança.
Além disso, vale acompanhar as tarifas oficiais da rodovia antes de viajar. Desse modo, o motorista já sai de casa com uma noção clara de quanto irá gastar.
O pedágio automático veio para ficar?
Sem dúvida. Estados e o governo federal trabalham para expandir o modelo nos próximos anos. Novas concessões já preveem a adoção obrigatória do sistema eletrônico.
Portanto, o pedágio tradicional tende a desaparecer gradualmente, e o motorista brasileiro precisará se adaptar à nova realidade digital.
O pedágio automático trouxe agilidade, porém exige mais atenção do condutor. Quem não se organiza pode acabar pagando mais, mesmo percorrendo o mesmo trajeto de antes.
A melhor estratégia é informação e planejamento. Assim, dá para evitar multas e manter o controle sobre os gastos com estrada.

