Férias pagas com atraso? Veja o que a lei prevê e as multas aplicadas

Férias pagas com atraso? Veja o que a lei prevê e as multas aplicadas
Geração: FDR

VITóRIA DA CONQUISTA, BA — As férias são um direito essencial de todo trabalhador brasileiro, garantido pela Constituição Federal e pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Após 12 meses de serviço, o empregado tem direito a 30 dias de descanso remunerado, com o pagamento integral do salário mais um terço do valor feito até dois dias antes do início do período de férias.

Mas o que acontece se a empresa não pagar as férias dentro do prazo? De acordo com a legislação, o atraso no pagamento das férias configura descumprimento das normas trabalhistas — e pode gerar sanções para o empregador.

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O que mudou com o cancelamento da Súmula 450 do TST

Antes de 2022, a regra era ainda mais rígida. Pela Súmula 450 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o pagamento atrasado era equiparado à não concessão das férias, obrigando a empresa a pagar o valor em dobro.
Contudo, em agosto de 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu cancelar a súmula, o que gerou dúvidas sobre as punições aplicáveis a partir de então.

O que diz o ministro do TST Douglas Alencar?

Em entrevista ao programa Trabalho e Justiça, da TV TST, o ministro Douglas Alencar esclareceu que, mesmo com o cancelamento da súmula, o empregador continua sujeito a penalidades se descumprir os prazos estabelecidos pela CLT.

“A própria CLT traz uma série de regras que preveem sanções administrativas”, explicou o ministro.

Essas penalidades podem incluir multas trabalhistas aplicadas pela fiscalização do trabalho, além de ações judiciais individuais, nas quais o empregado pode reivindicar indenização pelos prejuízos sofridos.

O que o trabalhador deve fazer?

Se o pagamento das férias for feito com atraso, o empregado pode:

  • Registrar uma denúncia junto ao Ministério do Trabalho e Emprego;

  • Buscar orientação sindical;

  • Ou entrar com ação judicial para garantir seus direitos.

O ideal, segundo especialistas, é manter comprovantes e registros das datas de pagamento, pois esses documentos servem como prova em caso de disputa judicial.

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Jamille NovaesJamille Novaes
Formada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a produção de texto sempre foi sua paixão. Já atuou como professora e revisora textual, mas foi na redação do FDR que se encontrou como profissional. Possui curso de UX Writing para Transformação Digital, Comunicação Digital e Data Jornalismo: Conceitos Introdutórios; e de Produção de Conteúdos Digitais.