A dolarização do patrimônio se tornou uma estratégia cada vez mais comum entre brasileiros que desejam proteger o dinheiro. Seja de crises econômicas, inflação elevada e desvalorização do real.
O dólar funciona como uma moeda forte no mundo todo, utilizada em transações internacionais e adotada como referência por grandes investidores.
Por isso, ter parte dos recursos atrelados à moeda norte-americana pode trazer estabilidade ao longo do tempo.
Neste artigo, você entende por que essa estratégia ganhou destaque e como dolarizar os investimentos de forma prática e acessível.
Por que dolarizar o patrimônio?
Dolarizar significa converter uma parte do dinheiro ou investimentos para algo atrelado ao dólar.
Essa estratégia, no entanto, oferece proteção e equilíbrio financeiro. Existem três motivos principais que tornam essa prática vantajosa:
1. Proteção contra a inflação
A inflação diminui o poder de compra do dinheiro. Quando o real se desvaloriza, produtos importados, serviços e até alimentos ficam mais caros.
Contudo, o dólar, por ser mais estável mundialmente, preserva valor e evita perdas no longo prazo.
2. Redução de riscos do cenário brasileiro
O Brasil enfrenta ciclos de instabilidade: crises políticas, variações fiscais, mudanças de governo e oscilações da taxa Selic.
Ter parte dos investimentos dolarizados, inclusive, reduz a dependência da economia nacional.

3. Acesso a oportunidades globais
Ao dolarizar o patrimônio, o investidor amplia o portfólio. Afinal, se torna possível acessar ações de grandes empresas como Apple, Amazon, Tesla, além de fundos imobiliários internacionais, ETFs e títulos norte-americanos.
Quanto do patrimônio dolarizar?
Especialistas recomendam diversificar entre 10% e 30% do patrimônio em dólar, mas seguindo o perfil de cada pessoa.
- Perfis mais conservadores podem manter algo próximo de 10%.
- Perfis moderados podem chegar a 20%.
- Perfis arrojados podem direcionar 30% ou mais, principalmente quando buscam exposição global.
A ideia não é converter tudo de uma vez, mas fazer isso aos poucos, de forma estruturada, reduzindo o impacto de variações momentâneas do câmbio.
Como dolarizar o patrimônio na prática
Existem várias formas seguras e regulamentadas no Brasil para dolarizar patrimônio, sem precisar abrir conta no exterior (embora essa também seja uma opção). Veja as mais acessíveis:

1. ETFs de dólar
São fundos negociados na Bolsa que acompanham a variação do dólar. Exemplos: HASH11, IVVB11, Dólar Futuro (DOL).
2. Fundos cambiais
Fundos de investimento que aplicam em contratos ou ativos ligados ao dólar. São ideais para iniciantes que desejam simplicidade.
3. Ações e ETFs internacionais
Permitem exposição direta ao mercado dos Estados Unidos com pouco investimento. Por exemplo: IVVB11 replica o índice S&P 500.
4. Conta internacional
Bancos digitais e corretoras oferecem contas que permitem converter real em dólar com taxas menores.
Essa opção, sem dúvida, facilita compras externas e investimentos fora do país.
Vale a pena dolarizar agora?
Sim, porque a estratégia não depende do dólar estar barato ou caro. O ponto central é proteção e diversificação. Além disso:
- O dólar tende a se valorizar em períodos de incerteza global.
- A economia brasileira apresenta ciclos curtos de instabilidade.
- Manter tudo em reais aumenta a exposição a riscos internos.
Dolarizar seu patrimônio não é especulação, mas uma forma de planejamento.
É portanto, fortalecer a estratégia financeira pessoal. Ao diversificar moedas, o investidor reduz riscos, preserva poder de compra e abre portas para oportunidades globais.
A melhor abordagem, no entanto, é fazer isso aos poucos, com orientação e equilíbrio, acompanhando o próprio perfil e objetivos.

