AZUL4, MGLU3, BBDC4 e GOLL54 se destacaram no pregão de quarta-feira (17)

Querendo saber quais foram os destaques do pregão desta quarta-feira (17)?

Hoje reunimos as informações em torno das ações com maior volume de negociação durante esta quarta. Então, vamos lá!

Antes de tudo, o verdadeiro destaque mesmo ficou com BHIA3 que chegou a quase 15%, e fechou o dia em 13,43% de valorização.

Azul (AZUL4) avança com alívio macroeconômico

A Azul encerrou o pregão com valorização de 4,32%, cotada a R$ 1,45.

O papel ganhou força em um cenário de expectativa de queda nos juros e arrefecimento do dólar.

Estes, inclusive, são fatores que aliviam os custos de companhias aéreas, já que grande parte de suas dívidas e combustíveis é dolarizada.

Nos últimos dias, rumores de fusão entre Azul e Gol e movimentos de short squeeze também aumentaram o apetite comprador.

Esse contexto fortaleceu a percepção de que o setor pode iniciar um ciclo de recuperação, apesar das incertezas regulatórias.

Gol (GOLL54) recua levemente, mas segue no radar

Enquanto a Azul avançava, a Gol apresentou leve queda de 0,15%, fechando a R$ 6,55.

O movimento, contudo, reflete a realização de lucros após fortes altas recentes, quando chegou a disparar mais de 17% em um único pregão.

Mesmo com a retração pontual, a empresa segue no radar dos investidores por causa da especulação de união com a Azul. E claro, pelo mesmo alívio macroeconômico que beneficia o setor.

No entanto, as aéreas continuam pressionadas pela volatilidade do câmbio e pela necessidade de adequação regulatória diante das conversas com o Cade.

Magazine Luiza (MGLU3) reage a resultados

As ações do Magazine Luiza subiram 5,31%, cotadas a R$ 11,31.

O mercado reagiu de forma positiva aos números do segundo trimestre de 2025.

Afinal, eles mostram leve crescimento da receita líquida, expansão do Ebitda e maior controle de despesas, ainda que o lucro líquido tenha se mantido frágil.

A expectativa é de que a companhia consiga melhorar sua margem operacional à medida que os juros caiam e o consumo volte a se aquecer.

O resultado, porém, ainda é considerado misto e reforça que a recuperação no varejo deve ser gradual.

Pessoas passando em frente à B3 após o período de pregão
AZUL4, MGLU3, BBDC4 e GOLL54 se destacaram no pregão de quarta-feira (17) ─ Imagem: Geração/FDR

Bradesco (BBDC4) mostra solidez

O Bradesco encerrou o pregão com alta de 3,47%, chegando a R$ 17,58.

O desempenho reflete a boa recepção do mercado aos números do segundo trimestre. A empresa apresentou lucro líquido recorrente em torno de R$ 6,1 bilhões e crescimento da carteira de crédito.

A estabilidade da inadimplência e o aumento das receitas com tarifas e seguros reforçaram a percepção de que o banco está em trajetória de recuperação. O movimento vem após anos de pressão em seus indicadores.

O otimismo também é sustentado pela perspectiva de corte da taxa Selic, que pode estimular novos empréstimos e reduzir custos de captação.

O que une os destaques do dia no pregão de quarta-feira?

Embora atuem em setores distintos — aéreo, varejo e financeiro —, os quatro papéis foram impulsionados, em maior ou menor grau, por expectativas macroeconômicas mais positivas.

A possibilidade de redução de juros e a queda do dólar criaram um ambiente favorável. Isso afetou tanto empresas de consumo e crédito quanto aquelas com alta exposição cambial, como as companhias aéreas.

O pregão desta quarta-feira (17), contudo, reforça como movimentos especulativos e indicadores macro podem influenciar rapidamente as ações.

Com isso, abre abrindo espaço para volatilidade, mas também para oportunidades de curto prazo.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.