Especialistas esclarecem o que significa quando uma pessoa é traída mais de uma vez

Ser traído(a) mais de uma vez não é coincidência, tampouco culpa da vítima. Mas estudos mostram que há padrões comportamentais e emocionais que podem favorecer a repetição.

Segundo pesquisadores da área, pessoas que já foram traídas têm até 2,4 vezes mais chance de viver nova infidelidade no próximo relacionamento. Já quem suspeitou de traição anterior pode apresentar até 4,3 vezes mais risco de voltar a desconfiar. Os dados, entretanto, são da plataforma científica PubMed Central.


O que significa quando uma pessoa é traída mais de uma vez?

Para especialistas, isso pode indicar uma combinação de fatores emocionais, de comunicação e até estilo de apego.

Embora não exista um “perfil de vítima”, algumas vulnerabilidades tendem a se repetir se não forem identificadas e tratadas.

Pesquisas indicam que apegos ansiosos ou evitativos estão levemente associados a relações instáveis — embora não sejam determinantes.


Traição repetida e trauma: impacto vai além da dor emocional

A quebra de confiança, sem dúvida, pode desencadear o chamado “trauma da traição”, com sintomas como ansiedade, vergonha e hipervigilância.

Essa condição, estudada por psicólogos como Jennifer Freyd, destaca a profundidade emocional de vivenciar infidelidades sucessivas.


Como interromper o ciclo de traições

Especialistas indicam algumas estratégias clínicas e práticas:

  • Redefinir o que o casal considera traição.
  • Estabelecer transparência radical nas rotinas.
  • Buscar terapia especializada com foco em infidelidade.
  • Identificar sinais de alerta, como falta de limites com terceiros ou segredos constantes.

O método do Instituto Gottman, por exemplo, propõe três etapas: reparação (atone), reconexão (attune) e reconstrução do vínculo (attach).

Recomeçar com segurança: escolha válida e possível

Para quem foi traído(a), a prioridade deve ser o cuidado emocional. Com ajuda profissional, é possível decidir se vale a pena reconstruir o relacionamento ou encerrar com segurança.

Ambos os caminhos são legítimos, desde que baseados em informação, limites claros e respeito mútuo.

Para mais orientações sobre relacionamentos e saúde emocional, acesse a seção de comportamento no portal FDR.

Moysés BatistaMoysés Batista
Moysés é Bacharel em Letras pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Além de ter entregue mais de 10 mil artigos em SEO nos últimos anos, tem se especializado na produção de conteúdo sobre benefícios sociais, crédito e notícias nacionais.