SALESóPOLIS, SP — Com 77 milhões de inadimplentes no Brasil, muitos consumidores enfrentam dificuldades financeiras. No entanto, a legislação brasileira oferece diversas proteções para quem está com contas atrasadas. Confira cinco direitos que podem ajudar a aliviar a pressão da dívida.
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)
1. Negativação só após aviso prévio
Antes de incluir o nome do consumidor nos cadastros de inadimplentes, como Serasa e SPC, a empresa credora deve notificar o devedor e oferecer prazo para negociação.
Esse procedimento é garantido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que visa evitar surpresas e permitir que o consumidor tenha chance de regularizar sua situação.
2. Renegociação é um direito
Se a dívida se tornar excessivamente onerosa, o consumidor tem o direito de revisar as cláusulas contratuais.
Isso inclui pedir redução de juros, parcelamento mais acessível ou até mesmo descontos para pagamento à vista. A renegociação deve ser feita de boa-fé e com transparência por parte do credor.
3. Dívidas não podem ser cobradas após o prazo de prescrição
Após cinco anos sem pagamento, a dívida prescreve, ou seja, o credor perde o direito de cobrar judicialmente. No entanto, é importante estar atento, pois cobranças indevidas podem ocorrer.
O consumidor deve exigir que a dívida seja comprovada e que não haja cobrança de valores prescritos.
4. Proteção contra práticas abusivas
O mercado de crédito deve agir com transparência e respeito. Práticas como aumento desproporcional da dívida ou cobrança de valores já prescritos são ilegais. O consumidor deve estar atento e denunciar qualquer abuso aos órgãos de defesa do consumidor.
5. Direito à informação clara e adequada
Todo consumidor tem o direito de receber informações claras sobre o contrato, incluindo taxas de juros, encargos e prazos. O credor deve fornecer essas informações de forma acessível, permitindo que o consumidor tome decisões informadas sobre sua dívida.
Se você está enfrentando dificuldades financeiras, é essencial conhecer seus direitos. Procurar orientação jurídica e negociar com os credores pode ser o primeiro passo para retomar o controle da sua vida financeira.