SãO PAULO (SP) — É comum que muita gente ainda acredite que todo mundo precisa de 8 horas de sono por noite. Mas, quando falamos do sono dos idosos, a história muda.
Com o passar dos anos, o organismo se transforma, e o padrão de descanso também. Entender essas mudanças ajuda a garantir mais qualidade de vida e até a prevenir problemas de saúde.
Mudanças naturais no sono dos idosos
À medida que envelhecemos, o corpo passa a produzir menos melatonina, hormônio que regula o ciclo sono-vigília. Por isso, os idosos costumam dormir menos horas e ter o sono mais fragmentado e superficial.
Além disso, é comum acordar mais vezes durante a noite para ir ao banheiro ou por causa de dores crônicas. Isso não significa, porém, que o idoso esteja dormindo mal — apenas que o organismo dele mudou.
Quantas horas de sono o idoso realmente precisa?
De acordo com especialistas como o Drauzio Varella, os idosos podem ter um sono restaurador mesmo dormindo entre 5 e 7 horas por noite.
O mais importante é a qualidade do sono, e não apenas a quantidade.
Se o idoso acorda se sentindo disposto e consegue realizar suas atividades normalmente, não há motivo para preocupação.
Como melhorar a qualidade do sono na terceira idade
Dica | Detalhes |
Horários regulares | Manter horários consistentes para dormir e acordar |
Evitar cochilos longos | Limitar sonecas durante o dia para não prejudicar o sono noturno |
Atividades relaxantes | Praticar técnicas de relaxamento antes de dormir |
Reduzir cafeína e álcool | Evitar bebidas estimulantes no período noturno |
Ambiente adequado | Dormir em local silencioso, escuro e confortável |
Por outro lado, se houver sinais de sonolência excessiva durante o dia, dificuldade de concentração ou quedas de energia, vale procurar ajuda médica.
Alterações do sono podem estar ligadas a problemas de saúde como apneia do sono, depressão e doenças neurodegenerativas, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.