A proximidade do 13º salário é um momento de alívio e expectativa para muitos brasileiros, representando um fôlego extra no orçamento de fim de ano. Contudo, essa quantia adicional, se mal administrada, pode se transformar em um problema em vez de uma solução.

Para garantir que o seu 13º salário seja um aliado e não um motivo de dor de cabeça, é crucial evitar certas armadilhas financeiras. Muitos caem no consumo por impulso, ignoram dívidas importantes ou deixam de planejar o uso desse dinheiro, perdendo a oportunidade de fortalecer sua saúde financeira.
5 erros comuns ao usar o 13º salário
1. Gastar tudo com compras por impulso
Um dos maiores erros é encarar o 13º salário como um dinheiro “extra” que pode ser gasto sem planejamento. O consumo por impulso, especialmente em promoções de fim de ano ou na compra de presentes desnecessários, pode consumir rapidamente o valor, deixando você sem recursos para o que realmente importa.
Como evitar: Antes de qualquer gasto, faça um planejamento detalhado. Defina prioridades e separe uma parte do 13º salário para cada objetivo. Se for comprar algo, pesquise preços e avalie a real necessidade, resistindo à tentação de gastar em itens supérfluos apenas porque o dinheiro está disponível.
2. Não quitar dívidas
Ignorar dívidas existentes, especialmente aquelas com juros altos (como cartão de crédito e cheque especial), é um erro grave. Deixar o 13º salário de lado para essas pendências significa que você continuará pagando juros abusivos, comprometendo sua capacidade financeira futura.
Como evitar: Priorize a quitação ou amortização de dívidas com juros elevados. Faça uma lista de todos os seus débitos e comece pelos mais caros. Mesmo que não consiga quitar tudo, amortizar uma parte já reduz o montante dos juros e o tempo de pagamento. Negocie com os credores para obter descontos ou melhores condições.
3. Esquecer as contas de início de ano
Muitas pessoas gastam todo o 13º salário no final do ano e esquecem que janeiro e fevereiro trazem despesas consideráveis, como IPVA, IPTU, material escolar, matrícula e seguro do carro. A ausência de planejamento para esses gastos pode levar a novos endividamentos logo no início do ano.
Como evitar: Separe uma parte do seu 13º salário especificamente para as contas de início de ano. Se possível, aproveite os descontos oferecidos para pagamentos à vista dessas taxas. Isso evita que você comece o ano com o orçamento apertado e precisando recorrer a empréstimos.
A especialista Marina Costa, colaboradora do FDR, comenta como os idosos ganham direito ao 13 salário?
4. Reforçar a reserva de emergência
A reserva de emergência é um “colchão” financeiro para imprevistos (perda de emprego, problemas de saúde, reparos urgentes). Não construir ou reforçar essa reserva com o 13º salário é um erro que pode te deixar vulnerável a novas dívidas quando surgirem emergências.
Como evitar: Se você ainda não tem uma reserva de emergência, use parte do seu 13º salário para começar a construí-la. O ideal é ter o equivalente a 3 a 6 meses de suas despesas essenciais guardado em um investimento de baixo risco e alta liquidez (como Tesouro Selic ou CDB com liquidez diária). Se já tem, reforce-a.
5. Deixar o dinheiro parado na conta-corrente
Simplesmente deixar o 13º salário parado na conta-corrente é um erro, pois o dinheiro perde valor para a inflação e não gera rendimento. Você perde a oportunidade de fazer esse valor crescer.
Como evitar: Depois de quitar dívidas e cuidar da reserva de emergência, procure opções de investimento adequadas ao seu perfil e objetivos. Mesmo investimentos conservadores, como CDBs que rendem mais que a poupança, já são um bom começo. Pesquise e escolha a opção que melhor se alinha aos seus planos para fazer seu dinheiro render.