‘Café fake’: qual é a origem e como identificá-lo?

ARAGUARI, MG — O termo ‘café fake’ refere-se a produtos que se apresentam como café, mas que, na realidade, são compostos por misturas de ingredientes de baixa qualidade, impurezas ou até substâncias tóxicas. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização de três marcas desse tipo de produto após identificar a presença da ocratoxina A, uma micotoxina produzida por fungos que pode causar sérios danos à saúde humana, incluindo doenças renais e até câncer.

‘Café fake’: qual é a origem e como identificá-lo? Imagem: Veja Saúde

O ‘café fake’ é uma bebida que imita o café tradicional, mas não atende aos padrões de qualidade exigidos pela legislação brasileira. Em vez de conter apenas grãos de café torrados e moídos, esses produtos podem incluir cascas, galhos, sementes estranhas e até areia. Além disso, análises laboratoriais detectaram níveis elevados de impurezas e a presença de micotoxinas, tornando-os impróprios para o consumo.

Como identificar o ‘café fake’?

Para evitar o consumo de produtos adulterados, os consumidores devem estar atentos a alguns sinais:

  • Rotulagem: Produtos legítimos devem estar identificados como “café torrado e moído”. Desconfie de termos como “pó para preparo de bebida sabor café”;

  • Preço: Preços muito abaixo do mercado podem indicar baixa qualidade ou adulteração;

  • Selo de qualidade: Verifique se o produto possui selos de certificação de entidades reconhecidas;

  • Origem: Prefira marcas conhecidas e com boa reputação no mercado.

Marcas proibidas pela Anvisa

A Anvisa determinou a proibição da produção e venda das seguintes marcas de ‘café fake’:

  • Melissa;

  • Pingo Preto;

  • Oficial.

Essas marcas foram consideradas impróprias para o consumo humano devido à presença de substâncias tóxicas e impurezas acima do permitido.

Riscos à saúde

O consumo de ‘café fake’ pode levar a diversos problemas de saúde, desde intoxicações leves até doenças mais graves, como insuficiência renal e câncer, devido à presença de micotoxinas como a ocratoxina A. Além disso, a ingestão de impurezas pode causar desconfortos gastrointestinais e outros sintomas adversos.

A crescente presença de ‘café fake’ no mercado brasileiro é um alerta para consumidores e autoridades. É fundamental que os consumidores estejam atentos à qualidade dos produtos que consomem, verificando rótulos, selos de qualidade e a reputação das marcas. A Anvisa continua monitorando o mercado para garantir a segurança alimentar da população.

 

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.