A inflação no Brasil foi destaque em abril, quando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou 0,43% no intervalo de um mês. Os dados, são do relatório do Ministério da Fazenda, evidenciando por que em abril brasileiros ficaram sem dinheiro.
Apesar de ser menor que o mês anterior, a alta continua afetando significativamente os brasileiros. A pressão vem, sobretudo, nos preços dos alimentos.
Em comparação a abril de 2024, a inflação atingiu uma alta de 5,53%, outro fator que justifica a limitação no orçamento das famílias brasileiras neste mês.
Liderando esta alta, estão os preços dos alimentos com uma subida de 0,82% no grupo de Alimentação e bebidas. Muitos consumidores sentem o peso do aumento nos preços de itens essenciais como batata, tomate e café.
O cenário inflacionário desafia a economia enquanto o Banco Central eleva a taxa de juros para 14,75% ao ano. Essa estratégia tem como objetivo controlar a inflação, mas também encarece o custo do crédito, afetando tanto finanças pessoais quanto empresariais.
A pressão dos preços dos alimentos e os custos com saúde
O papel dos alimentos no índice inflacionário é evidente. Afinal, eles são itens básicos diretamente impactados por questões climáticas e variações no câmbio. Entre os destaques de itens que subiram de preço, aparecem:
- Lanche (1,38%);
- Café moído (4,48%);
- Tomate (14,32%);
- Batata-inglesa (18,29%).
No entanto, outro fator que deixou o brasileiro sem dinheiro em abril, foi o aumento dos custos com Saúde e cuidados pessoais. Este grupo, acumulou 1,18%, acompanhando a alta dos Produtos farmacêuticos, que somam 2,32%.
Estratégias do Banco Central e seus efeitos
O Banco Central neste momento tem o desafio de equilibrar inflação e crescimento econômico. Desse modo, ao aumentar a Selic, a intenção é reduzir a demanda e controlar os preços.
Contudo, essa ação pode também desencorajar investimentos, contrariando esforços de crescimento no longo prazo.
Quais são as consequências para os brasileiros?
O aumento dos preços dos alimentos, combinado com o crescimento dos juros, explica porque mais um mês brasileiros ficaram sem dinheiro.
Mas quando os salários não acompanham a inflação, o poder de compra diminui, forçando mudanças nos hábitos alimentares e de consumo para ajustar as finanças pessoais.
Por fim, os dados de abril de 2025 destacam um desafio contínuo para o Brasil. Com a inflação ainda distante da meta de 3%, o governo e o Banco Central ainda buscam um ponto de equilíbrio entre conter a alta de preços e estimular o crescimento econômico.