Governo adia medidas de saúde mental para os trabalhadores até 2026

SãO PAULO (SP) — Responsável por fiscalizar os ambientes e as condições de trabalho em todo o país, o Ministério do Trabalho anunciou recentemente uma importante medida para o cuidado mental dos trabalhadores brasileiros. No entanto, a adoção das medidas na prática foi novamente adiada.

Governo adia medidas de saúde mental para os trabalhadores até 2026. (Imagem: Jeane de Oliveira/FDR)

A nova regra prevê que os empregadores passem a ser responsáveis pelos cuidados com a saúde mental no ambiente de trabalho

Dessa forma, o empregador poderia sofrer com algumas multas ou punições caso sejam constatadas questões como:

  • Metas excessivas;
  • Jornadas extensas;
  • Ausência de suporte, 
  • Assédio moral;
  • Conflitos interpessoais, 
  • Falta de autonomia no trabalho;
  • Condições precárias de trabalho.

A medida foi tomada levando em consideração o aumento no número de casos de adoecimento mental entre os trabalhadores.

Isso porque as questões podem acabar gerando um afastamento pelo INSS, o que aumenta os gastos do Governo Federal.

No entanto, apesar do prejuízo inclusive para os cofres públicos, a implantação das novas regras foi adiada.

Entenda como funcionará a medida que beneficia os trabalhadores:

  • O adiamento prevê a implantação das novas diretrizes em 2026;
  • Dessa forma, os trabalhadores deverão aguardar até o período para poderem contar com as novas normas;
  • O aumento do prazo teria sido realizado com o objetivo de proporcionar um maior tempo para adaptação das empresas;
  • Isso porque, caso seja flagrada descumprindo as regras, a empresa poderá ser multada em até R$ 6 mil;
  • No entanto, de acordo com o portal de notícias do G1, adiamento teria sido realizado por conta da pressão das empresas que temem a nova fiscalização.

“Durante esse primeiro ano, será um processo de implantação educativa, e a autuação pela Inspeção do Trabalho só terá início em 26 de maio de 2026”, explicou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

Segundo a especialista do FDR, Laura Alvarenga, apesar da medida representar um avanço no cuidado com os trabalhadores, ainda será preciso aguardar para que os benefícios possam de fato ser observados.

 

Daniele GomesDaniele Gomes
Formada em jornalismo, com experiência como repórter de economia e política, além de assessoria de imprensa e gestão de redes sociais.