Grupo de beneficiários do Bolsa Família ficam impossibilitados de receber o auxílio emergencial. Após uma série de investigações a respeito do pagamento do coronavoucher, o Tribunal de Contas da União (TCU) chegou à conclusão de que mais de 700 mil famílias brasileiras, registradas no programa social, não receberam a ajuda do governo federal. De acordo com a investigação, esse grupo tem direito a valores maiores que os R$ 600 ofertados durante o período da crise.
Ao fazer o anuncio, o TCU explicou que os 700 mil que estão fora da folha de pagamento do coronavoucher são pessoas com direito a depósitos ainda maiores. Sendo assim, para eles é mais vantajoso se manter dentro dos envios do Bolsa Família do que migrar para o auxílio emergencial.
Funcionamento do Bolsa Família
De acordo com o Ministério da Cidadania, o pagamento elevado para esse grupo do Bolsa Família ocorre apenas quando os cadastrados não possuem uma renda o suficiente para saírem da situação de extrema pobreza.
Ou seja, quem não tiver o recebimento mínimo de R$ 89 mensais, contam com incentivos do poder público para poder garantir o direito à moradia, alimentação e saúde.
Normalmente, o programa oferta R$ 89 por mês para cada familiar. No entanto, há variações de acordo com a situação e configuração de cada lar.
No caso de crianças recém nascidas, mães lactantes, grávidas, jovens matriculados em escolas públicas, entre outros, há acréscimos que podem chegar ao valor de R$ 600 ou ficar acima dele.
Vantagens segundo o TCU
Ao contabilizar os dados, o TCU reforçou que quem for beneficiário do Bolsa Família e tiver uma renda maior que o valor base do auxílio deve se manter no programa social. Como justificativa, os representantes relembraram que a ajuda financeira é passageira e que não pode, por exemplo, contemplar aqueles que apresentam algum tipo de trabalho mais formal.
Além disso, o ministro Bruno Dantas, criticou os critérios de seleção do governo federal, afirmando que o coronavoucher precisa ser repensado para apresentar uma maior eficácia. De acordo com o representante, é necessário aplicar uma readequação dessa política pública de modo que possa garantir que as pessoas com real necessidade sejam contempladas corretamente.