NOVO salário mínimo por ESTADO: veja os valores definidos para as principais regiões do BR

O salário mínimo no Brasil é uma questão que afeta milhões de trabalhadores e influencia diretamente a economia do país. Em 2024, o valor do salário mínimo nacional foi reajustado para R$ 1.412, um aumento em relação ao ano anterior, acompanhando a inflação e garantindo melhores condições de vida para a população mais vulnerável. 

No entanto, algumas regiões e estados brasileiros adotam pisos salariais próprios, ajustando valores conforme as necessidades econômicas locais. Diferente do salário mínimo nacional, que serve de base para todo o país, o piso regional é um valor estipulado por cada estado, podendo ser superior ao mínimo nacional. 

Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul possuem legislações próprias que determinam valores específicos para diversas categorias de trabalhadores.

Esses pisos regionais são fixados para atender melhor às demandas locais, considerando o custo de vida de cada região e as negociações entre sindicatos, entidades patronais e o governo estadual. Apesar disso, os trabalhadores que não são cobertos por esses pisos regionais seguem o valor do salário mínimo nacional.

Impacto do reajuste salário mínimo nacional 

O aumento do salário mínimo nacional para R$ 1.412 trouxe repercussões tanto positivas quanto desafiadoras. Por um lado, o reajuste representa um ganho significativo para trabalhadores que dependem dessa base salarial. Por outro, o custo extra é sentido por pequenas e médias empresas que precisam adequar seus orçamentos para arcar com os novos valores.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 50 milhões de brasileiros têm rendimentos atrelados ao salário mínimo, seja por meio de salários diretos, benefícios previdenciários ou programas sociais. Assim, o aumento visa não só o poder de compra das famílias, mas também a manutenção de padrões de consumo que sustentam a economia nacional.

Melhor salário mínimo por estado

Vamos agora aos valores regionais estabelecidos para 2024:

São Paulo

O estado de São Paulo, com a maior economia do Brasil, manteve seu piso regional diferenciado, com reajuste em R$ 1.640, atendendo trabalhadores de categorias específicas, como empregados domésticos, motoboys, e outras ocupações não regulamentadas por acordos coletivos.

Santa Catarina

Santa Catarina, com uma economia fortemente baseada na indústria e no turismo, também define salários por categorias. O piso estadual para 2024 tem quatro faixas salariais, que vão de R$ 1.412 a R$ 1.844, sempre considerando a diversidade das atividades econômicas e o custo de vida regional.

Paraná

O salário mínimo regional do Paraná em 2024 é dividido em quatro faixas salariais, com valores diferentes para cada categoria profissional: 

  • Faixa 1: Trabalhadores da agricultura, silvicultura e pesca: R$ 1.856,94; 

  • Faixa 2: Empregados administrativos, domésticos, vendedores e profissionais de manutenção: R$ 1.927,02; 

  • Faixa 3: Funcionários da indústria e serviços: R$ 1.989,86; 

  • Faixa 4: Técnicos de nível médio: R$ 2.134,88. 

O Paraná tem o maior piso regional do país em 2024.

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, a definição do piso regional envolve intensos debates com o setor produtivo. Para 2024, os valores variam de R$ 1.537,89 a R$ 1.994,56, contemplando desde o setor primário até o setor de serviços, que inclui o comércio e a indústria.

Repercussões do piso regional

Especialistas apontam que a criação de pisos regionais traz mais justiça salarial, especialmente em estados com custo de vida mais elevado. Para o economista João Silva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), “esses valores são uma maneira de proteger trabalhadores em regiões economicamente fortes, onde o salário mínimo nacional não é suficiente para garantir uma vida digna”.

No entanto, o aumento salarial também preocupa empresários. Segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o encarecimento da mão de obra pode levar a ajustes na folha de pagamento, redução de contratações e aumento da informalidade em setores mais vulneráveis.

Embora muitos estados ainda não possuam um piso regional próprio, há pressão de sindicatos para que isso mude. Estados do Nordeste, como Bahia e Pernambuco, estão em discussões para criar pisos regionais que atendam suas realidades locais. Vale lembrar que o salário mínimo é um importante balizador para diversas políticas públicas, influenciando desde a concessão de benefícios previdenciários até programas sociais como o Bolsa Família.

O reajuste do salário mínimo, tanto no âmbito nacional quanto nos pisos regionais, é um tema que impacta diretamente a vida de milhões de brasileiros. Se por um lado ele garante maior poder de compra e melhores condições de vida, por outro, traz desafios significativos para o setor produtivo. O equilíbrio entre garantir salários justos e manter a competitividade econômica será um dos principais desafios para o Brasil nos próximos anos.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.