Bolsa Família: moradores do Norte e Nordeste são mais afetados na pandemia

Desde que foi declarada a pandemia do novo coronavírus, o governo tem criado diversas medidas para tentar contornar as dificuldades apresentadas pelos brasileiros. Na contrapartida, levantamento divulgado nesta semana aponta que o recebimento do Bolsa Família no Norte e Nordeste diminuiu.

Bolsa Família: moradores do Norte e Nordeste são mais afetados na pandemia
Bolsa Família: moradores do Norte e Nordeste são mais afetados na pandemia (Imagem: Montagem/FDR)

Dados apontam que o programa – que durante a pandemia foi substituído pelo auxílio emergencial de R$ 600 – atendeu menos famílias nas regiões Norte e Nordeste do país durante os meses de maio deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Já as regiões mais ricas do país em distribuição de renda e geração econômica, como o Sul e Sudeste tiveram um crescimento considerável no número de beneficiários. As comparações foi feitas usando o mesmo período que as demais regiões tiveram decréscimo.

Segundo dados divulgados pela Folha de São Paulo, atualmente há 433 mil famílias aptas a receber o benefício e que ainda aguardam liberação do programa Bolsa Família. O número é inédito e foi divulgado pela primeira vez pelo Ministério da Cidadania.

Em números, o Norte e Nordeste tiveram uma queda de e 1,5% na concessão dos benefícios, já Sul e Sudeste registraram uma ampliação da cobertura —de 1,21% e 1,33%, respectivamente.
Em números totais, em abril foram 14,27 milhões de famílias beneficiadas, já no mês de maio do ano passado 14,34 milhões aderiram o programa. Comparando mês de maio desde ano, cobertura passou para 14,28 milhões.
Segundo o governo, para a inclusão das famílias é utilizado mecanismo estatístico com base em dados colhidos no Censo de 2010, realizado pelo IBGE. Atualmente o programa atende a 14,3 milhões de lares.

Ainda está em pauta pelo governo federal a reformulação do programa, que vem sendo tratada e dita desde o primeiro ano do governo Bolsonaro, mas não saiu do papel. É importante lembrar que o Bolsa Família é o carro chefe dos programas de assistência social.

Com o intuito de garantir seu acesso à renda, a direitos sociais e a ações complementares que ampliam as possibilidades de desenvolvimento. Para receber o benefício é preciso ter ganho por pessoa de até R$ 89 mensal. Ter gestantes, crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos, aumenta o grau de prioridade.