Será o fim do Minha Casa Minha Vida? Caixa anuncia LIMITES no financiamento

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Carlos Vieira, alertou recentemente sobre os desafios futuros do financiamento habitacional, destacando a importância do programa Minha Casa Minha Vida

Será o fim do Minha Casa Minha Vida? Caixa anuncia LIMITES no financiamento. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

Segundo ele, se medidas não forem adotadas, o ‘copo’ para o futuro da habitação estará vazio, afirmou Vieira durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre. Para 2024, o financiamento do Minha Casa Minha Vida está garantido, mas a incerteza paira sobre 2025. 

Vieira ressaltou que a Caixa está operando no limite de sua capacidade de funding, enfatizando a necessidade de ações para garantir a continuidade do Minha Casa Minha Vida nos próximos anos.

A Caixa tem alertado sobre os desafios de financiamento no setor habitacional, especialmente para o programa Minha Casa Minha Vida. Carlos Vieira, presidente da instituição, destacou a importância das medidas recentes do Ministério da Fazenda para criar um mercado secundário de crédito imobiliário.

Vieira sublinhou que, ao contrário do cenário internacional, fundos de pensão no Brasil não investem em habitação. Ele apontou três áreas cruciais para discussão: liberação de depósitos compulsórios no Banco Central, investimento de fundos de pensão, e fortalecimento do mercado secundário de crédito.

A vice-presidente de habitação da Caixa, Inês Magalhães, destacou os resultados positivos do banco no setor imobiliário no primeiro trimestre, apesar dos desafios de financiamento. Ela reafirmou o compromisso da Caixa com o programa Minha Casa Minha Vida e a manutenção de altos níveis de investimento.

Magalhães ressaltou a importância do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e dos recursos de poupança (SPBE) para sustentar esses investimentos, demonstrando a dedicação da Caixa em apoiar o segmento habitacional.

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Quem pode se inscrever no Minha Casa Minha Vida?

O programa Minha Casa, Minha Vida é direcionado para famílias com renda bruta familiar mensal de até R$ 8 mil em áreas urbanas ou renda bruta familiar anual de até R$ 96 mil em áreas rurais.

As famílias são divididas nas seguintes faixas de renda:

  • Faixa Urbano 1: renda bruta familiar mensal até R$ 2.640;

  • Faixa Urbano 2: renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4,4 mil;

  • Faixa Urbano 3: renda bruta familiar mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8 mil.

Já no caso das famílias residentes em áreas rurais, as faixas são as seguintes:

  • Faixa Rural 1: renda bruta familiar anual até R$ 31.680;

  • Faixa Rural 2: renda bruta familiar anual de R$ 31.680,01 até R$ 52,8 mil;

  • Faixa Rural 3: renda bruta familiar anual de R$ 52.800,01 até R$ 96 mil.

Nas novas regras determinadas pela Medida Provisória, o valor dessas faixas de renda não leva em conta benefícios temporários, assistenciais ou previdenciários, como o auxílio-doença, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família.

O governo também informou que 50% das unidades do programa serão reservadas para as famílias da Faixa 1. Além disso, o programa passará a incluir pessoas em situação de rua na lista de possíveis beneficiários.

As moradias do Minha Casa, Minha Vida terão seus contratos e registros feitos, preferencialmente, no nome da mulher – e eles podem ser firmados sem a autorização do marido.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.