MEI ganha 5 formas de solicitar EMPRÉSTIMO com benefícios

O MEI (Micro Empreendedor Individual) que está em busca de um crédito no mercado pode contar com ações do governo federal. O próprio poder público proporciona programas que são voltados justamente ao pequeno negócio, e que têm como objetivo formentar a economia. 

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MEI ganha 5 formas de solicitar EMPRÉSTIMO com benefícios (Imagem: FDR)

Nem todo MEI consegue empréstimo de forma fácil. Para ser um micro empreendedor é preciso ter faturamento anual limitado a R$ 81 mil, ou R$ 6.750 por mês. Por isso, muitos bancos diminuem o valor que pode ser emprestado, ou sequer autorizam que o crédito seja liberado. 

Pensando em facilitar o acesso para os pequenos empreendedores, o governo federal tem ações que são próprias e que oferecem condições especiais. Com o empréstimo em mãos é possível investir no seu pequeno negócio, comprando mais matéria prima, melhorando o espaço de trabalho, quitando dívidas.

Seja como for, receber a chance de contratar crédito como MEI é uma forma de melhorar o seu empreendimento. Mas lembre-se que o empréstimo também se torna uma dívida, e para conseguir quitar sem dor de cabeça é preciso planejamento. Manter o seu CNPJ ativo e sem negativações é uma maneira de aumentar sua credibilidade no mercado. 

1. Pronampe

O principal crédito oferecido pelo governo federal para as empresas é o PRONAMPE (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).

Criado durante a pandemia de Covid-19 o programa é voltado a atender justamente os pequenos negócios, cujo faturamento não extrapole R$ 300 milhões em receita anual. 

  • Valor liberado: até R$ 300 mil;
  • Forma de pagamento: em até 48 meses, com possibilidade de carência de 11 meses;
  • Cobrança de juros: 6% ao ano acrescido da taxa Selic. 

Eu trouxe informações mais detalhadas sobre o Pronampe para o MEI que estão disponíveis nesta matéria.

2. BNDES Microcrédito 

Oferecida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Nacional (BNDES) essa linha é voltada aos microempreendedores formais ou informais.

Isso significa que até mesmo quem não pertence a nenhum regime do Simples Nacional, não paga imposto como empresa ou emite nota fiscal, mas trabalha como autônomo, pode conseguir o empréstimo para investir no seu negócio. 

  • Valor liberado: até R$ 21 mil;
  • Forma de pagamento: as parcelas devem ser negociadas pelo cliente diretamente com o agente operador;
  • Cobrança de juros: não pode passar de 4% ao mês, considerando-se já todos os encargos.

3. FAMPE – Sebrae

O Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (FAMPE) do Sebrae não é exatamente um empréstimo. O seu objetivo, no entanto, é funcionar como uma garantia ao MEI para que ele consiga contratar crédito em um banco específico. 

Isso significa que ele é usado quando o empreendedor não possuí renda suficiente, ou outras formas de garantia para comprovar para a instituição financeira que vai conseguir pagar pelo dinheiro empestado.

Os recursos que veem do FAMPE são usados como garantia complementar no crédito que será contratado no banco. O pedido pela parceria deve ser feito diretamente pelo site do Sebrae, e vai depender de análise. 

4. Empréstimo pessoa jurídica 

Neste caso, o MEI precisa criar uma conta jurídica em um banco. É importante que essa conta seja movimentada sempre. Para isso, se organize para receber todos os valores pagos pelos seus clientes nesta conta, assim conseguirá aumentar e fortalecer a sua relação com o banco

Conforme o seu faturamento, a própria instituição vai oferecer uma linha de crédito para sua empresa. O limite, taxa de juros e formas de pagamento dependem do banco onde fará a contratação.

5. Cartão de crédito para Pessoa Jurídica

Embora não seja um empréstimo, o cartão de crédito PJ pode ser considerado como crédito financeiro. Com ele, o empresário consegue comprar mercadoria, matéria prima, e até mesmo pagar alguma pendência com parcelamento. Além disso, joga a fatura para o próximo mês e ganha tempo para liquidar.

Bônus: novo programa de crédito para microempresários 

Os ministérios da Fazenda, do Empreendedorismo e Microempresa, do Desenvolvimento Social junto com a Casa Civil, preparam um pacote de medidas que vai criar uma nova modalidade de empréstimo para microempresários. 

De acordo com membros do governo, a ideia é permitir que os inscritos no Bolsa Família se beneficiem, ao formalizarem o seu pequeno negócio ou a sua prestação de serviço.

Os integrantes do Executivo afirmam que quase 44% dos beneficiários do Bolsa que recebem acima de R$ 800 empreendem em algum negócio, como fabricação e venda de comida caseira ou peças de vestuários feitas a mão.

Não foram dados detalhes sobre o limite do crédito, ou a forma como será solicitado. Mas a ideia é que os inscritos no programa sejam acompanhados para que saiam gradativamente do Bolsa Família ao conseguirem sua independência financeira. 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com